terça-feira, 26 de agosto de 2008

Simplesmente Princesa Isabel e, pois, unicamente Fauzi

Embora se chamando Dona Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon e, após o casamento com o Conde d'Eu, ter passado a ser Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança, era a autora da Lei Áurea conhecida, no seu tempo, simplesmente, como Princesa Isabel, expressão constante dos compêndios de história.
Esta prática encerrava, não só uma praxe, mas expressava, também, o culto aos antepassados, além constituir uma demonstração da estirpe nobre dos, assim, designados.
Estranhável é, portanto, a insistência com que certa imprensa costuma designar o candidato da coligação “Aquidauana tem Futuro” como “Fauzi Muhamad Abdul Hamid Suleiman”, inclusive, repetindo-a em um mesmo texto, cuja redundância, além de não fazer sentido, nem encontrar justificação, torna-se passível de empanar o brilho do articulista, não só por falta de concisão, mas por não corresponder à trilha jornalística mais adequada.
Esta estratégia se torna tanto mais esdrúxula, quando, para toda a população de Aquidauana e adjacências, tal candidato é identificando, unicamente, pela designação de Fauzi e, porque não dizer, bem conhecido, dispensando, pois, qualquer aposto ao seu nome.
Na verdade, quem de tal maneira escreve, demonstra não pretender ressaltar o orgulho que os pais de Fauzi manifestaram pelos seus ancestrais, ao lhe atribuir esse pomposo nome, digno de ser ostentado por um príncipe árabe ou, por ilustres sul mato-grossenses de origem sírio-libanesa como Wilson Fadul, Rames Tebet, Pedro Pedrossian, Humberto Neder, Alberto Neder, Nelson Trad, Nelsinho Trad, Roberto Orro, Felipe Orro, Bichara Salamene, Felipe Moacar Orro, Wadih Makxoud,, Assaf Trad, Wadih Maksoud, Wadih Salamene, Miguel Salamene, além dos Faed, Elias, Anache e muitas outras famílias.
Quiçá, o objetivo do escriba seja, apenas, o de confundir os eleitores, mas é plausível que tal prática corresponda a certo arraigado preconceito ou, mesmo, encerre alguma intenção oculta, a qual, ainda não conseguimos discernir.
(Edson Paim escreveu)

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