segunda-feira, 26 de julho de 2010

Candidatos a Senador alavancam Zeca do PT para cima, enquanto puxam Puccinelli para baixo

Os candidatos da Coligação "A Força do Povo",  Dagoberto e Delcício, em função de ocuparem elevadas posições nas pesquisas eleitorais, sem dúvida, vão contribuir para a ascensão de Zeca do PT,  o que, certamente, se confirmará nas próximas pesquisas.

Ao mesmo tempo, as posições caudatáras dos candidatos de Puccinelli ao Senado (Moka e Zauith) irão puxá-lo para baixo e assim, a candidatura do governador pugilista deverá crescer como rabo de cavalo, em direção e sentido do solo.

Eis o que publicou o Correio do Estado, reproduzido no site Midiamax News, ilusatrado com o gràfico supra:


"Coligação de Zeca do PT elegeria dois senadores


 
NIDIAMAX NEWS

Valdelice Bonifácio





Se as eleições fossem hoje, a coligação “A Força do Povo” encabeçada pelo ex-governador Zeca do PT elegeria seus dois candidatos ao Senado: o atual senador Delcídio do Amaral (PT) e o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT). A constatação é de pesquisa Ibrape divulgada hoje pelo Jornal Correio do Estado. Os candidatos da coligação do governador André Puccinelli (PMDB) “Amor, Trabalho e Fé” o vice-governador Murilo Zauith (DEM) e o deputado federal Waldemir Moka (PMDB) aparecem bem atrás na preferência do eleitorado.



Delcídio do Amaral aparece com 49% das intenções de voto. Dagoberto Nogueira conta com a preferência de 41% do eleitorado. Como se vê, a diferença entre os dois candidatos está caindo. Em abril, a diferença entre os dois era de 31%. Pela pesquisa, Moka tem 23% e Murilo 24%, ou seja, pontuação com a qual não se elegeriam hoje senadores.



O levantamento aponta que entre os quatro nomes Dagoberto e Murilo têm crescido enquanto que Delcídio e Moka têm caído na preferência do eleitorado.



Em abril, o senador petista tinha 61% do eleitorado a seu favor, mesmo período em que Dagoberto tinha 30%. Do lado governista, a pesquisa mostra que o vice-governador passou de 18% para 24%, enquanto Moka caiu de 26% para 23%.



Na pesquisa realizada no mês de abril, o senador Valter Pereira (PMDB) era apresentado como candidato. Na ocasião, ele tinha 10% das intenções de voto.



Dagoberto é destaque no quadro comparativo do Ibrape. Em agosto de 2009, ele tinha 12% das intenções de voto. Passou para 23% em outubro do mesmo ano. Saltou para 30 % em abril e agora tem 41%, apenas oito pontos atrás do líder Delcídio. O deputado pedetista foi entre os quatro nomes o que mais cresceu nas intenções de voto.



O candidato do PSOL, partido que disputa as eleições isolado sem parceria com outras siglas, Jorge Batista recebeu 2% de citações pelos entrevistados.



Regiões



No levantamento feito por regiões, Delcídio sairia vencedor em seis das oito regiões do Estado, são elas Pantanal, com 74% das intenções de voto, Norte (46%), Bolsão (48%), Campo Grande (51%) – maior colégio eleitoral do Estado -- , Vale do Ivinhema (48%) e Conesul (44%).



Na região sudoeste, a vitória caberia a Dagoberto, com 46%. Murilo vence na Grande Dourados com 48%.



Voto Nulo



Chama atenção na pesquisa, o alto número de eleitores que declararam que podem anular ou votar em branco: 20%. O índice de indecisos também é alto: 39%.



A pesquisa Ibrape foi realizada com 1.119 eleitores entre os dias 15 e 18 de julho em todo Mato Grosso do Sul. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais e para menos. O intervalo de confiança estimado é de 96%. O instituto antecipa que divulgará nova pesquisa no mês que vem.



Também é informado que a pesquisa foi registrada sob o número 23860/2010 no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul.


Reprodução: Correio do Estado"




domingo, 11 de julho de 2010

O SOLDADO E SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO BRASIL

(Palestra realizada pelo então Tenente Edson Nogueira Paim, no Rotary Club de Aquidauana, em 1962, como representante do Comandante da 1a. Companhia do 9o. B.E.Comb.)

A par do dever constitucionalmente imposto - o de defender o país contra agressão externa e manter a ordem interna – o que, por si só, justificaria a existência do soldado, como elemento fiador de uma condição indispensável para o desenvolvimento social, isto é, para que atinjamos, rapidamente, uma ordem social mais justa, humana e cristã, situação essa a que chegaremos se repudiarmos toda sorte de imperialismo da esquerda ou da direita, se combatermos sem trégua o poder econômico avassalador, que esteja concentrado nas mãos de grupos particulares monopolistas ou de Estados totalitários controlados por partido único, o que vale dizer, das cúpulas partidárias, há, ainda, importantes contribuições das forças armadas de hoje e, portanto do soldado moderno, para o desenvolvimento social do Brasil.

Senão, vejamos:

Ao apresentar-se o conscrito, pela seleção militar são descobertos, muitas vezes, frustros de moléstias contagiosas, cujos portadores, pela ignorância de seu estado, ameaçam a saúde dos comunicantes.

Diagnosticados precocemente seus males, isso possibilita ao doente buscar os recursos necessários á sua cura.

Incorporado, passa o homem a receber cuidados médicos, odontológicos, que o capacitam a resistir aos esforços mais árduos, na instrução militar e na educação física, que contribuem decisivamente para a robustez do homem brasileiro e para a própria eugenia da raça.

Recebendo a alimentação balanceada das forças armadas, cria o soldado o habito de alimentar-se adequadamente.

A imunização compulsória do militar previne inúmeras moléstias contagiosas.

Portanto, é na caserna que se encontra o melhor ambiente para a prática da saúde publica. Daí a necessidade de perfeita coordenação entre os corpos de saúde e das forças armadas e os serviços de saúde publica civil.

Os conhecimentos de higiene ministrados aos oficiais dos corpos de saúde (do exercito, principalmente): Médicos, farmacêuticos e dentistas, capacitam-nos a ministrarem educação sanitária á tropa, cujos conhecimentos serão depois disseminados para o meio civil pra o qual retorna, influenciando quase sempre os elementos que convivem com o reservista.

Cumprindo disposições regulamentares que exigem a alfabetização dos convocados, esta o meio militar contribuindo, decisivamente, para a diminuição do vergonhoso índice de analfabetismo do país e removendo a terrível venda dos olhos desses quase cegos analfabetos, melhorando consequentemente seu nível de vida.

Estranham muitos a interferência indébita de militares nas atividades administrativas do país. Por que será, amigos rotários?

É simples a resposta: é porque o militar também almeja o desenvolvimento do país e o bem-estar de seu povo e porque as forças armadas são uma escola de liderança. De um contingente de 40 conscritos incorporados em Aquidauana, somente um deles havia dirigido mais de 10 homens, assim mesmo apenas os empregados de seu pai. Um mês após, cerca de 30 desses convocados, depois de matriculados no curso de cabos, já começavam a comandar os restantes de seus companheiros.

Voltando as suas ocupações civis, terão naturalmente mais facilidade para galgar postos de direção e, se atingi-los, maiores serão suas possibilidades de êxito. Não é, pois, por acaso que muitas vezes militares ocupam cargos na administração publica. Ninguém iria convocá-los pela condição única de ser militar. Logo, a restrição a fazer-se não deve ser de ordem genérica; a restrição que se impõe deve ser apenas de ordem pessoal, de origem cultural ou de ordem técnica.

Por outro lado, a evolução do nosso tempo e a própria evolução cultural de nossa gente, exige um constante aprimoramento por parte dos quadros militares.

A arte da guerra moderna solicita do militar conhecimento profundo de geografia (física, política e econômica), matemática, física, psicologia, ciências sócias, higiene e outros ramos do conhecimento, que lhe sugerem aplicações em investimentos mais produtivos para a pátria. O militar moderno não se contenta em estudar a arte da destruição, mais quer participar ativamente da tarefa de construção de um porvir melhor, prefere ir gradativamente se adaptando ao mundo futuro que há de vir breve, em que será desnecessária a guerra para a solução de pendências ou divergências de opiniões, em que reinara definitivamente a paz, porque o homem civilizado não briga
Para que os paises belicosos substituam o ideal de guerra pelo de paz, faz-se necessário que seus militares se diluam no povo, convivam com o povo, se identifiquem com o povo, sintam as mesmas alegrias e aflições do povo e se confundam com o próprio povo.

Para isso, as repartições militares de hoje, tem sempre o seu oficial de relações publicas, que é o seu diplomata, o homem encarregado de manter boas relações com as autoridades militares e civis, de atender com fidalguia, e indistintamente a todos os que necessitem dirigir-se a essa corporação.

E, para adaptar-se á realidade social que atravessamos, não prescinde o meio militar, e nem o militar individualmente, de utilizar, para bem servir á coletividade, o mais moderno, complexo e útil ramo de conhecimento – a pratica das relações humanas, que é, com certeza, o vosso ideal, o ideal rotário.

É isso justamente o que fazeis ao receber o representante do comandante da guarnição militar de Aquidauana, Tenente Edson Pierre Marcello para privar convosco, honra que, em seu nome, penhorosamente agradeço.

Acredito Senhores, que o soldado moderno tem realmente um papel relevante no desenvolvimento social do Brasil. Espero que o tenha explanado, ainda que palidamente. Muito obrigado, Senhores rotários!

(Palestra realizada pelo então Tenente Edson Nogueira Paim, no Rotary Club de Aquidauana, em 1962, como representante do Comandante da 1a. Companhia do 9o. B.E.Comb.)