quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tribuna da Imprensa responde ao Painel do Paim

Prioridade normal Tribuna

De:
Tribuna Imprensa Adicionar
Para:
edsonpaim@bol.com.br

Tribuna
Data:
09/12/2008 17:52

Valeu, Paim.

--
Elifas Levi
www.tribunadaimprensa.com.br
Tel: (21) 2224-0837

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Zeca no PDT: Parece ser o seu único caminho

Publicado no site da FM PAN de Aquidauana - MS

Se fracassarem suas articulações para retornar ao comando do PT, no Estado, o que provavelmente ocorrerá, a tábua de salvação será seu ingresso no PDT.

Entre outras incompatibilidades com o seu próprio partido, é de se destacar o fosso construído entre ele e o aguerrido PT de Aquidauana, ao decidir, em detrimento do candidato escolhido pelo Partido, o apoio expresso ao candidato a Prefeito que se dizia do PDT, embora sem apresentar a mínima identidade com a sigla brizolista.

Além disso, a participação na campanha de candidatos do PDT, também, em outros municípios mato-grossenses, justifica o convite que teria recebido do Deputado Dagoberto Salles, para ingressar no partido, de verdadeiro cunho trabalhista, fundado por Leonel Brizola.

(Edson Paim escreveu)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

TRIBUNA DA IMPRENSA ONLINE NO PAINEL DO PAIM

PAINEL DO PAIM publicou, hoje, distribuída em seus diversos blogs, toda a matéria constante da Tribuna da Imprensa Online, desta data, como vem fazendo, diariamente, desde que a Tribuna deixou de circular.

Trata-se da maneira que encontramos para solidarizarmos com a Tribuna da Imprensa e com o notável jornalista Helio Fernandes, em face das violências, sofridas através de décadas.

Nosso apoio às lutas históricas da TRIBUNA DA IMPRENSA e do denodado jornalista HELIO FERNANDES não se limita, pois, a palavras, mas corresponde a atos concretos.

Esta solidariedade ao vibrante jornal e ao grande Helio Fernandes, é extensiva aos seus colunistas, colaboradores, leitores e funcionários.

sábado, 6 de dezembro de 2008

PAINEL DO PAIM solidariza com a Tribuna da Imprensa e com o jornalista Helio Fernandes pelas violências, sofridas através de décadas

Nosso apoio às lutas históricas da TRIBUNA DA IMPRENSA e do notável jornalista HELIO FERNANDES não se limitam, apenas, a palavras, mas corresponde a atos concretos.

Como afirmação de nossa solidariedade ao denodado jornal, ao grande Helio Fernandes, aos seus colunistas, colaboradores, leitores e funcionários, estamos publicando, diariamente, em diversos blogs, englobados sob o título de PAINEL DO PAIM, toda a matéria constante da Tribuna da Imprensa Online.

sábado, 8 de novembro de 2008

O Globo imitando site de Aquidauana: “Barack Hussein Obama"

(Publicado no site da FM PAN de Aquidauana - MS)

Durante a campanha política em Aquidauana, não poupamos criticas a um site local que insistia em utilizar um nome de nulo apelo jornalístico para designar o candidato favorito Fauzi Suleiman, depois eleito Prefeito.


O tempo só veio confirmar a justeza de nossas afirmações, uma vez que o colunista Argemiro Ferreira, em artigo publicado na Tribuna de Imprensa, de hoje, encosta o jornal O Globo “na parede”, em face de habitual procedimento semelhante.


Sem maiores comentários, o que é absolutamente desnecessário, transcrevemos o seguinte trecho da coluna de Argemiro Ferreira:


“E aquele "Hussein" do jornal "O Globo"?

...

O respeito a Ali, Carter e Clinton

Fiquei implicado com a celebração triunfalista de "O Globo". Primeiro, por achar que o tributo era mais aos recursos técnicos da empresa, que se deu ao luxo de atualizar o resultado, divulgado tarde demais, em três primeiras páginas diferentes. As que circularam a tempo de pegar a distribuição normal certamente não tinham o resultado definitivo da votação - e para os demais jornais, não se justificava o custo da espera.


Era então apenas uma primeira página para efeito de relações públicas, feito jornalístico menor. Mas houve ainda a decisão, insólita e de mau gosto, da manchete "Presidente Barack Hussein Obama". No tempo em que eu fazia título no copy desk de "O Globo", o lutador de box que ganhou o título mundial dos pesos pesados, o bailarino que fora Cassius Clay ao nascer, adotou como adulto o nome Muhammad Ali - e assim era identificado na mídia.


Mesmo depois, quando os eleitores americanos elegeram um presidente chamado James Earl Carter Jr., o jornal da família Marinho só o chamava pelo nome adotado por ele, Jimmy Carter. E bem mais tarde, em 1992, ao ser eleito o candidato cujo nome original era William Jefferson Blythe III (o Clinton veio depois, era do padrasto), nas páginas de "O Globo" sempre foi (e continua a ser, até hoje) apenas Bill Clinton.


Que gênio do jornalismo teria decidido agora - e com que intenção - mandar o mancheteiro preferir aquele "Barack Hussein Obama", que os jornais em geral não usam nem em textos, quanto mais como manchete, quando a opção normal é pela economia de letras? Não sabia "O Globo" que aquele nome do meio, demonizado para preparar a invasão do Iraque, só é falado pelos odiadores do presidente eleito? E em especial os extremistas de "talk shows" do mais baixo nível?


Orgulho de ser único no mundo


Não afirmo que a intenção tenha sido ofensiva. Não vi antes textos ofensivos no jornal sobre Obama - nem na coluna pouco inspirada de Merval Pereira. Mas o "oba, oba!" da página 6 celebrou a opção como positiva. Relatou com orgulho ter sido aquela primeira página mostrada várias vezes na CNN, ao mesmo tempo em que um locutor explicava que foi a única no mundo a incluir aquele "Hussein" no nome do presidente eleito.”

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama é, mesmo, um “Bamba”!

(Transcrito do Site da FM PAN de Aquidauana - MS)

Depois da eleição de Barack Obama, como o primeiro presidente negro do país, o mundo não será como era antes, assim como os EUA, também, não serão mais os mesmos.
O extraordinário comparecimento do eleitorado norte-americano às urnas atesta, não só a confiança do povo norte-americano no regime democrático, como reafirma a tendência no sentido de mudanças, a nível planetário.
Numa confirmação do aforisma de que nada é mais parecido com um conservador do que um liberal no poder, não se espera uma radical transformação na administração de Obama, inclusive porque, não haverá, certamente, uma rápida retirada das tropas americanas do Iraque, o que desarticularia o complexo industrial bélico do país e, agravaria, ainda mais, a crise econômica que assola o país.
Também, não se espera que o país do norte deixe, de uma hora para outra, de ser protecionista e que derrube, imediatamente, suas barreiras alfandegárias, abrindo as portas do seu mercado para os países em desenvolvimento.
Malgrado isto, fica o enorme saldo positivo correspondente ao avanço no sentido da conquista da igualdade racial, com a qual sonhara nosso grande vate, Castro Alves, diante do pesadelo que representava, em seu tempo, a escravidão e o tráfico de escravos.
Credita-se, pois, a Barack Obama, a derrubada desta “Bastilha” contemporânea, dentre outros avanços que sua eleição representa, os quais, por serem óbvios, deixamos de enumerar, agora.
Por tudo isto, saudamos a maior eleição livre do planeta e a derrota do conservadorismo norte-americano e, sua esteira, o grande protagonista e campeão de votos, através de uma afirmação, indubitavelmente, sem controvérsia:
Obama, você é, mesmo, um “Bamba”!
Edson Paim escreveu

domingo, 5 de outubro de 2008

Fauzi Decreta: O Fim de Uma Oligarquia, em Aquidauana

Fonte: FM Pan de Aquidauana
Edson Paim

Desde as eleições de 1945, com o fim do Estado Novo, uma oligarquia (ou dinastia?), de raízes udenistas e arenistas, domina Aquidauana, com rarissimas interrupções.

Fundamentada no "coronelismo", no voto de cabresto, na compra de votos, nas "carneadas" às vésperas e nos dias de eleições, na tutela da classe média urbana, na exploração dos indígenas, no mapismo (controle da apuração dos votos e adulteração das listas), no domínio da máquina pública, no empreguismo, além de ter utilizado a delação (dedo durismo), por ocasião do golpe de 1964, uma elite rural predomina em Aquidauana, por mais de meio século.

Através desses métodos, esse grupo exerceu uma política obscurantista e uma administração conservadora do "status quo", em benefício dos grupos de que participa e, em detrimento da população, cuja maioria, supostamente representava.

Em 1958, o Professor Antonio Salustio Areias, da Coligação PSD-PTB (PTB de verdade) consegue quebrar tal hegemonia, elegendo-se Prefeito, mas recebeu uma Prefeitura endividada, como consta de publicação na Revista Brasil-Oeste.

Em 1962, assumimos a Vice-Presidência do PTB, secundando Ramão Antonio Gonçalves e, com Benedito Eloy Vasco de Toledo, Manoel de Souza Cruz, Adonis Gonçalves, Almiro Flores Nogueira, Alarico Medeiros (Belinho) e outros, realizamos o maior movimento político de base, até então, ocorrido em Aquidauana, incluindo a Margem Esquerda do Rio Aquidauana e que culminou com a criação do Município de Anastácio.

Ajudamos a fundar, inclusive, o Sindicato Rural de Guia Lopes.

Roberto Orro, ainda estudante, comungava de nossas idéais e foi nossso eleitor, em 1962, quando candidato a Deputado Estadual.

Em um jeep, estivemos em campanha na região de Morrinho, quando, ao pedirmos voto, em certa casa, uma senhora respondeu que não votava.

Então, lhe dissemos: Mas a senhora pode me dar uma "mãozinha". Ela, imediatamente, nos estendeu a mão.

Sempre que nos encontramos, Orro se refere a este fato pitoresco e ri muito, como o fez, na presença do Raul Freixes e do Plinio Sellis, por ocasião de uma visita que, certa vez, nós três lhe fizemos, em sua Fazenda.

Afastado do Exército, por ação da UDN de Aquidauana, tive de deixar a cidade, a fim de sobreviver, mas, com Roberto Orro, Ivan e Trindade e outros, participei das lutas do MDB local, quando podia vir a esta cidade, assim como o fazia no Partido, no Rio de Janeiro.

Fomos os maiores instigadores do lançamento da primeira candidatura de Roberto Orro, a Deputado Estadual.

Ironicamente, estivemos a abrir espaço para esta tentativa de retorno da oligarquia responsável pela nossa cassação e de outros seguidores de Leonel Brizola e que, agora, teve sua ação frustrada pela estrondosa da vitória de Fauzi: 15.316 contra 9.746 votos, ou seja, 61,11% a 32,89%.

Como Fauzi está assaz preparado para administrar Aquidauana e temos certeza de que fará uma administração voltada para os interesses do povo de Aquidauana e não mais para satisfazer os privilégios de uma minoria que há meio século trava o progresso da Princeza do Sul, se pode afirmar com certeza que, depois da administração de Fauzi, governo oligárquico, em Aquidauana: Nunca Mais!"

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Ministro Lupi caiu na “esparrela”: Odilon renega Brizola

Quarta-feira, 01 de Outubro de 2008 | 08:09Hs

Edson Paim

Conheci Lupi alguns dias depois que, juntos com Brizola, fundamos o PDT, em memorável reunião no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro.

Montou ele um comitê nas cercanias do Lago do Machado, cujo objetivo era a campanha majoritária: Brizola para Governador.

Ofereceu-me para colocar a propaganda de minha esposa, nesse comitê, oferta que, obviamente, aceitei, de bom grado.

Desta forma, Carlos Lupi contribuiu para eleger a Deputada Estadual Rosalda Paim que viria ser vice-líder do governo na Assembléia.

Sempre mantive, com ele, convívio e amizade.

Acompanhei toda a ascensão de Lupi, através de todos os degraus do partido, até ser escolhido por Brizola, como seu lugar- tenente: Vice-Presidente Nacional do PDT.

Após a morte de Brizola, passou a ocupar a Presidência, na qual foi confirmado pelo Diretório Nacional, até como uma homenagem ao grande líder, cujos membros sabiam ser esta a sua vontade: Ter Lupi como seu herdeiro político.

Já Presidente, o procurei no Instituto Pasqualini, a fim de lhe entregar um exemplar do livro de minha autoria, escrito de parceria com Rosalda Paim, intitulado Sistemismo Ecológico Cibernético, já na 3ª. edição.

Como ele se encontrava em reunião, pedi a sua secretária para efetuar a entrega do referido livro, porque não dispunha de tempo para aguardar o fim da reunião, a fim de fazê-la, pessoalmente.

Eis que, interrompendo a reunião, ele aflorou à porta do seu Gabinete, com o livro na mão e me disse:

Oh Paim! E a dedicatória? Como vou dizer às minhas filhas que sou amigo do autor, se você ainda não fez a dedicatória!

Esse Lupi que eu conheço bem, não deixa de citar Brizola, exaltando-lhe a memória, em todos os seus discursos, como o faz qualquer verdadeiro pedetista, motivo porque, certamente, o fez em Aquidauana.

Assim, fica patente a deturpação do pronunciamento de Lupi, na nota sobre sua visita a Aquidauana, tendo sido escoimado, da fala do Ministro, o nome do maior líder do trabalhismo brasileiro – o trabalhismo de verdade - Leonel de Moura Brizola, símbolo do partido, comprovando-se a ojeriza que têm dele os “trabalhistas” (com aspas, mesmo) da Princesa do Sul que, por oportunismo, se aboletaram na legenda.

Referimo-nos à matéria publicada no site Anastácio Notícias, com a informação da fonte (com assessoria), estando, portanto, excluída qualquer possibilidade de participação de Ronaldo Regis, na adulteração da fala do Ministro.

Lupi, certamente, ficará estarrecido quando lhe dermos conhecimento de tal heresia e profanação do ritual do partido, expressos pela adulteração do seu discurso, o que lhe permitirá conhecer melhor os pseudo-pedetistas de Aquidauana.

“Conhece-se o pau pela casca”! Quem não é brizolista, não é pedetista!

Portanto, após a derrota, quando já frustrada a tentativa de enganar o povo, vestindo-se o “lobo com pele de cordeiro”, os pedetistas enrustidos devem “por a viola no saco” e sair de “fininho”, abandonando a sigla, descontaminando-a do ranço udeno/arenista, pois eles constituem “corpo estranho”, no interior do partido, no qual nunca deveriam ter ingressado.

São confirmadas, pois, todas as nossas assertivas anteriores à respeito das incompatibilidades ideológicas do candidato Odilon com ideário trabalhista, pedetista e brizolista.

Ademais, o PDT (o Trabalhismo de Verdade), uma agremiação progressista, será sempre identificada com Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Alberto Pasqualini, o que coloca o Sr. Odilon e seus seguidores em situação desconfortável, face ao seu perfil, a menos que venha a assumir os postulados do partido e renegue sua história pessoal e as tradições conservadoras familiares.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

“Um estranho no Ninho": Odilon no PDT

Terça-feira, 30 de Setembro de 2008 | 09:18Hs
Edson Paim

O megapacote econômico de US$ 700 bilhões proposto pelo governo americano, objetivando conter a crise que assola a economia dos Estados Unidos (à beira da recessão) foi rejeitado, ontem, na Câmara por 228 votos contra 205.

Era necessário um total de 218 votos para aprovar projeto.

Entretanto, a maior parte dos congressistas que rejeitaram o projeto é formada por integrantes da ala mais conservadora do Partido Republicano, do Presidente Jorge Bush (uma espécie de UDN lá deles), o partido que representa o belicoso complexo industrial-militar que governa o país e dita regras para o mundo, o que tem sido, constantemente, fustigado pelo Presidente Lula.

Somente 65 republicanos votaram pelo projeto, contra 133 que foram contrários, enquanto 140 democratas ratificaram o pacote, e outros 95 votaram contra.

Prevaleceram razões ideológicas e eleitoreiras, sobre o que o presidente Bush considerou interesse dos Estados Unidos.

Diz-se que, quando "Tio Sam" dá um espirro, grande parte do mundo pega um resfriado.

No Brasil, a UDN sempre manteve uma posição similar à do Partido Republicano, do país do Norte, de resto fiel aos interesses dos grupos elitistas.

Esse partido não seria diferente em Aquidauana, caracterizado pelo “coronelismo” e pela manutenção decurrais eleitorais e “carneadas” às vésperas e nos dias dos pleitos.

Em face de suas raízes, é de se indagar qual o verdadeiro pensamento político-ideológico de Odilon, já que se apresenta, agora, com um pé, ainda, na canoa da UDN, em razão de sua história familiar e dos interesses dos pecuaristas e, com outro pé, na canoa do Brizola.

Irá, algum dia, adotar ele o discurso do partido de Brizola e do PDT, com viés progressista, trabalhista, sindicalista?

Qual sua opinião a respeito dos Sindicatos Rurais e da Reforma Agrária?

Concorda ele com o que está expresso no site do PDT: “Trabalhismo de Verdade?

Trata-se de uma clara estocada no PTB.

Ou, ao reverso, assume o ideário udenista-arenista, do qual o PTB descende em linha direta?

Enquanto não houver definição, optando por um dos lados, permanecerá encoberto por um discurso vazio de conteúdo, pleno de ambigüidades, coerente com a expressão vulgar que diz que “a palavra serve para esconder o pensamento”.

Na ausência de uma definição clara, colocação de um pensamento ideológico nítido, esse político não estará em condições de assumir às rédeas do Governo de Aquidauana, pois o povo do município não pode conceder um “cheque em branco”, a quem mantém a incômoda posição de conservar o pé direito numa canoa e o pé esquerdo, noutra!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Os conhecimentos a respeito do mundo físico são interrelacionados

Notícias recentes demonstran como o pensamento sistêmico permite relacionar fenômenos que ocorrem em diferentes partes do Sistema Físico Universal, permitindo que conhecimentos, hauridos em qualquer parte do Universo, sejam induzidos para o Universo inteiro, ao mesmo tempo em que justifica a afirmação referente à organização sistêmica do Universo, proposta por Lwidg von Bertalanffy, em sua Teoria Geral dos Sistemas, da qual deduzimos o nosso "Princípio do Universo Sistêmico", que abordaremos na postagem seguinte.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Se o incêndio beneficiaria Odilon, porque Fauzi o faria?

É elementar, meu caro Watson”:

Qualquer adversário, por mais incauto que fosse saberia que um incêndio, “plantado”, no comitê do adversário, só poderia beneficiar tal candidato.

Por isto, a acusação, à priori, parece inverossímil.

Em vésperas de eleições, os desesperados costumam usar de expedientes escusos.

À vezes dá certo.

Uma mentira repetida, muitas vezes, ganha foro de verdade!

Principalmente se a apuração do fato demorar.

Algo me diz que este caso pode corresponder a uma nova Carta Brandi.

Essa carta foi forjada para prejudicar a candidatura de Juscelino e foi usada, sem cerimônia, pela UDN, incapaz de vencer uma eleição nacional, mediante a prática de jogo limpo.

Porque o PTB não poderia usar do mesmo expediente, pois descende da UDN, em linha direta, passando pela ARENA e pelo PFL, sendo, portanto, legítimo herdeiro dos seus métodos, pois todos eles surgiram de maquinações do Ministro Golbery do Couto e Silva.

No caso do PTB, o cognominado “bruxo” articulou a entrega da legenda histórica a Ivete Vargas, para impedir que ela voltasse às mãos de Brizola, motivo pelo qual, em uma memorável reunião no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro, ele rasgara a bandeira do PTB.

Agora, infelizmente, é o próprio PDT que, em Aquidauana, cai nas mãos dos seguidores da UDN e de Golbery, para desgraça do trabalhismo histórico brasileiro e, para ultraje da memória de Leonel Brizola.

Vejamos a história da Carta Brandi:

Quando Juscelino postulava, pelo PSD, a Presidência da República, o avanço de sua candidatura assustava a UDN.

Em oposição, o General Juarez Távora foi lançado pelo Partido Democrata Cristão (PDC), que recebeu o apoio do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

A UDN passou a apoiar Juarez Távora, indicando para vice Mílton Campos.

Ademar de Barros se lançou pelo Partido Social Progressista (PSP), tendo como vice Danton Coelho.
Durante a campanha foi divulgada uma carta, datada de 5 de agosto de 1953 e endereçada ao então ministro do Trabalho, João Goulart, mencionando contatos secretos que este teria mantido com Juan Domingo Perón, então presidente da Argentina, para implantar uma república sindicalista no Brasil.

A raivosa e golpista UDN insistia na veracidade da carta.

O suposto autor, o deputado argentino Antonio Jesus Brandi, revelava também a existência de contrabando de armas argentinas para o Brasil.

Para averiguar as denúncias foi aberto um inquérito policial militar (IPM), presidido pelo general Emílio Maurel Filho, que concluiu pela falsidade da Carta Brandi.

A UDN que já acreditava na vitória da chapa JK-Jango, lançou mão de outro expediente para impedir sua posse.

Às vésperas do pleito apresentou uma emenda constitucional transferindo para a Câmara dos Deputados a eleição presidencial no caso de o eleito não conseguir maioria absoluta.

Não conseguiu, porém, aprová-la.

Queria mudar as regras depois do jogo começado.

Outra tentativa udenista:

Consistia em Impedir a posse de Juscelino, mediante conspiração, com o apoio do Presidente Café Filho (Vice de Getúlio) e do Presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, o qual substituiu Café Filho na Presidência da República, ambos afastados pelo então Ministro da Guerra, General João Baptista Dufles, permitindo não só a posse de Juscelino, como o exercício de seu mandato histórico.

Como a história se repete, pode estar acontecendo agora, como ocorreu no passado, o tiro acabar saindo pela culatra, pois não se pode subestimar a inteligência do povo e, muito menos, tripudiá-lo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A CRISE NORTE AMERICANA E A ABORDAGEM SISTÊMICA ECOLÓGICA CIBERNÉTICA COLOCAM EM QUESTÃO O LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO

(Transcrito do blog "Sistemismo Ecológico Cibernético (Painel do Paim), de Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008):

ABORDAGEM SISTÊMICA ECOLÓGICA CIBERNÉTICA E A CRISE NORTE AMERICANA


"A visão sistêmico-ecológica-cibernética consiste numa proposta metodológica que corresponde à percepção da realidade, através de uma perspectiva que utiliza, sobretudo, conceitos, idéias, fundamentos e princípios da Teoria Geral dos Sistemas, da Ecologia, acrescida dos postulados da Cibernética e das virtuosidades da Teoria da Informação, a qual permeia as tríade ciências anteriormente mencionadas.

Na verdade, a Teoria da Informação pode ser considerada como um ramo da Cibernética, enquanto esta seria uma tributária da Teoria Geral dos Sistemas.

Dir-se-ia que nessa relação de parentesco a TGS desempenharia o papel de ciência mãe, a Cibernética o de filha e à Teoria da Informação corresponderia o de neta.

Além disso, esta metodologia se abebera de conhecimentos hauridos em outros ramos do saber.

O Sistemismo Ecológico Cibernético constitui, pois, uma metodologia de origem multirreferencial, de caráter abrangente, integrativo e sintético, portanto holístico, que permite a visualização, através de diferentes ângulos, da totalidade dos sistemas, existentes no Universo, ou seja, mediante a abordagem simultânea, efetivada, mediante o quádruplo aspecto:

* do enfoque sistêmico;

* da visão ecológica e,

* da perspectiva cibernética

* do concurso de sistemas e processos informacionais que permeiam as três características supra mencionadas.


O Sistemismo Ecológico Cibernético, não só torna possível, como exige, o simultâneo exame do sistema em tela e do ambiente em que este se insere, ao mesmo tempo em que envolve, também, as necessárias e obrigatórias relações de intercâmbio que se processam entre ambos.

Esta múltipla perspectiva, resultante, principalmente, de quatro disciplinas, dispostas como se constituída por outras tantas "lentes" superpostas, possibilitando uma visualização mais perfeita dos sistemas e ambientes em estudos, do que resultará numa atuação mais consciente sobre os mesmos, na busca da promoção, preservação e manutenção da sua homeostasia, do estado de equilíbrio ou de saúde, em conseqüência de sucessivos e constantes reajustes, processados em ambos, através da utilização de mecanismos cibernéticos, ou seja, do emprego do dispositivo de retroação ou retroalimentação, o “feedback”, o principal apanágio da Cibernética.

A abordagem proposta permite, assim, um melhor conhecimento do próprio sistema, uma vez que, além das características que lhe são inerentes, inclui, no seu estudo. as múltiplas influências que o ambiente exerce sobre tal sistema e, reciprocamente, leva em conta a maneira como as ações exercidas pelo sistema refletem nas condições do ambiente que o envolve.

A metodologia sistêmica, ecológica e cibernética postula, ainda, o reajuste contínuo e permanente, tanto do sistema como do ambiente, com o propósito de manter sua homeostasia, mediante a ação de mecanismos cibernéticos de retroação ou retroalimentação (“feedback”), naturais ou artificiais.

A inspiração e a base filosófica para a elaboração da metodologia sistêmica, ecológica e cibernética, é o modelo dos ecossistemas naturais e dos seres vivos, ambos sistemas auto-organizadores, auto-reprodutores e auto-reajustáveis, portanto cibernéticos e homeostáticos.

Por outro lado, esta proposta mantém coerência com postulados da física moderna, relativista, contingente e estatística, se contrapondo ao caráter mecanicista e determinista da física clássica que percebia o universo como um sistema compacto, determinista, fechado, semelhante a um mecanismo de relógio.

O Sistemismo Ecológico Cibernético sanciona, com reservas, porque ultrapassa postulados de funcionamento dos mercados, como a lei da oferta e procura, expressa pela "mão invisível", de Adam Smith, instrumento de grande utilidade enquanto atue como dispositivo de reajuste ou "feedback" negativo.

Mas, essa "mão invisível", direita com certeza, demonstra reducionismo e todas as suas deficiências, quando faz o processo econômico social "desandar", se tornando um instrumento de um organismo cego e anti-social (o liberalismo econômico) e passando a funcionar como mecanismno de "feedback" positivo, através da potencialização das distorções do mercado livre, passíveis de gerar o caos econômico social, como ameaçou ocorrer, recentemente, ao exibir suas "cristas" na crise do mercado imobiliário dos dos Estados Unidos, a própria sede do liberalismo selvagem, condição obstaculizada pelas sucessivas intervenções da maior economia do mundo, na correção dos rumos do mercado.

Ficou, assim, demonstrado que o sistema social não pode mais continuar, unicamente, ao bel prazer do "laisser fair", se tornando necessário domesticar o poder absoluto da "mão direita" extremada do liberalismo econômico, através da sua reorientação no sentido de promover um melhor equilíbrio ou homeostasia da sociedade, mediante a coadjuvação da "mão esquerda" , representada pelo "feedback" social, no processo de controle do mercado, em perfeita coerência com o papel regulatório do Estado democrático, no domínio econômico-social, ainda que, apenas, de caráter complementar e, em caso de comprovada necessidade.

Entretanto, esta faculdade não deve ser atribuída ao Estado totalitário, ele próprio sem mecanismos de "feedback", mas, apenas ao estado de direito - Estado democrático, - em que os Poderes Legislativos e Judiciário funcionem como mecanismo de "feedback" negativo em relação ao Poder Executivo, cujos preceitos de ordenação jurídica decorram da delegação da sociedade, expressa pela voz inconfundível do voto universal, capazes de transformar o sistema social global em um instrumento de distribuição de justiça e de bem estar social, construindo, assim, uma sociedade mais humana, mais justa e igualitária.

Adaptado do livro Sistemismo Ecológico Cibernético – 3a. edição – 2004 - Todos os direitos reservados aos autores - copyright Ó by Edson N. Paim e Rosalda C.N. Paim.

...o livro de Edson Paim, intitulado Sistemismo Ecológico Cibernético, escrito em parceria com Rosalda Paim e vai já vai para o prelo a sua quarta edição.

domingo, 14 de setembro de 2008

Planeta sobrevivente

Observação do Blog:

A seguinte notícia demonstra como o pensamento sistêmico permite relacionar fenômenos que ocorrem em diferentes partes do Sistema Físico Universal, permitindo que conhecimentos, hauridos em qualquer parte do Universo, sejam induzidos para o Universo inteiro, ao mesmo tempo em que justifica a afirmação referente à organização sistêmica do Universo, proposta por Lwidg von Bertalanffy, em sua Teoria Geral dos Sistemas, da qual deduzimos o nosso "Princípio do Universo Sistêmico", que abordaremos em outra na postagem.


13/09/2007 Agência FAPESP

Dentro de cerca de 5 bilhões de anos, o suprimento de hidrogênio no núcleo do Sol deverá se esgotar, causando um colapso gravitacional. A estrela se tornará então uma gigante vermelha, expandindo seu raio em mais de cem vezes, possivelmente “engolindo” Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
Esse parece ser o destino inevitável dos planetas interiores de qualquer sistema cuja estrela chega à fase de gigante vermelha. Mas um grupo internacional de cientistas acaba de descobrir um caso singular: um planeta com uma órbita semelhante à da Terra que sobreviveu à expansão de sua estrela.
A descoberta, publicada na edição desta quinta-feira (13/9) da revista Nature, foi feita por uma equipe coordenada por Roberto Silvotti, pesquisador do Observatório Astronômico de Capodimonte, em Nápoles, na Itália.
O gigante gasoso descoberto pela equipe de Silvotti é um caso inédito de planeta em órbita de uma estrela no último estágio de evolução – a fase de anã branca –, o que indica que resistiu à expansão estelar.
De acordo com os pesquisadores, em sua fase intermediária de vida, a estrela, conhecida como V 391 Pegasi, tinha massa semelhante à do Sol. Mas, por motivos ainda desconhecidos, a estrela teve sua camada de hidrogênio dissipada no fim de sua fase de gigante vermelha.
Durante a fase intermediária, o planeta estava a uma distância de 1 UA (unidade astronômica) da V 391 Pegasi – isto é, a mesma distância entre Sol e Terra. A expansão da gigante vermelha multiplicou por cem o raio original da estrela, que englobou 70% (0,7 UA) da distância planeta-estrela.
Mas, mais tarde, por razões desconhecidas, a estrela perdeu quase metade da sua massa, tornando-se uma subanã tipo B. Segundo os pesquisadores, o próprio planeta sobrevivente pode ter alguma influência nesse fenômeno.
Com a perda de massa, a força gravitacional da estrela foi reduzida e o planeta migrou para uma órbita mais distante, na qual está atualmente, de 1,7 UA. Os cientistas estimam que o planeta agora completa uma volta na estrela a cada 3,2 anos.
Segundo os pesquisadores, a descoberta de um sistema tão incomum representa uma oportunidade para entender melhor tanto as estrelas como os planetas.
Os autores apontam que a formação de estrelas subanãs de tipo B é muito pouco compreendida: 98% das estrelas que atingem a fase de gigante vermelha não são submetidas à catastrófica perda de massa característica da V 391 Pegasi.
O artigo A giant planet orbiting the "extreme horizontal branch" star V391 Pegasi, de Roberto Silvotti e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em http://www.nature.com/.

Fonte: AGÊNCIA FAPESP http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=7740

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fauzi tem 48% dos votos contra 32% de Odilon

Outra versão é 37 a 20 na pesquisa espontânea.
Também, não é para menos, Fauzi tem tantos padrinhos!
E mais... De alto “coturno”.
Em Minas Gerais, costuma-se dizer:
- O melhor candidato é o nosso. O adversário só tem defeitos...
- Se não tem, “nois bota”!
Com a pesquisa elelitoral, ocorre, mais ou menos, a mesma coisa!
É bem recebida por quem está na frente e questionada por quem está em desvantagem.
Em Aquidauana, não é diferente!
Fauzi está na dianteira porque a pesquisa foi feita no “asfalto”, dizem!
Esquecem-se que os habitantes do centro da cidade são formadores de opinião, espraiando-se para os bairros e distritos.
Mas, em Aquidauana, há uma particularidade.
Existem as aldeias que, historicamente, eram currais eleitorais da UDN, onde ela sempre se deu bem, mercê de ter a seu favor o poder econômico que empregava, sem pudor.
Além de comprar, literalmente, cabos eleitorais, na cidade, bairros e distritos, usava-se e abusava-se da estratégia de matar alguns bois, nas aldeias, distribuindo churrascos, além de outras práticas indecorosas.
Quando, apesar disso tudo, as coisas não davam certo, apelava-se para a prática do “mapismo”.
Na eleição de 1962, o Sr. Zizi se vangloriava ter, na sua própria expressão, “roubado”, para a sua grei, votos da coligação PSD-PTB, o que assegurou uma escassa maioria de quarenta e poucos votos para o candidato udenista que, sem isto, perderia a eleição.
Com as urnas eleitorais esta última hipótese foi banida.
É de se indagar:
Quais os recursos, ainda disponíveis, a fim de que o poder econômico, nas eleições, continue a predominar, em Aquidauana?

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ato em Porto Alegre reverencia memória de Getúlio Vargas


Presidente do PDT em exercício, deputado Vieira da Cunha
Diferente do cenário hostil que levou Getúlio Vargas ao suicídio em 24 de agosto de 1954, as forças trabalhistas do Rio Grande do Sul deram um exemplo de unidade em ato cívico na manhã deste domingo, 24, junto ao monumento à Carta-testamento, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre.

PDT, PMDB e PTB, que estão unidos em coligação pela prefeitura da capital, pregaram uma unidade política também no cenário nacional, "como resgate histórico da memória de Vargas", conforme disse o prefeito de Porto Alegre e candidato à reeleição, José Fogaça.

(Do site do PDT – Trabalhismo de Verdade)


Nosso comentário:

O 24 de agosto representa um dia inesquecível para o trabalhismo brasileiro.

Esta data é comemorada em todo o país pelos verdadeiros trabalhistas.

“O pau se conhece pela casca”.

Quem não cultua a memória de Vargas não pode ser considerado trabalhista.

Será, no mínimo, impostor.

Hoje em dia, pode-se, até, combatê-lo, mas ignorar, nunca!

Hélio Fernandes, ao ensejo do 58º aniversário da morte de Getúlio Vargas escreveu, em sua coluna, na Tribuna da Imprensa:

“A renúncia pela morte, liquidando os inimigos.
Há 54 anos, Getúlio Vargas, pela primeira vez presidente eleito do Brasil, se matava. Foi o golpe mais genial de toda a história, não só nossa, mas do mundo inteiro. Getulio, apenas com um tiro, "deixou a vida para entrar na História", mas eliminava também, de forma irrecuperável, todos os inimigos ou adversários. A palavra que usei tem que ser repetida: GENIAL.”

Hélio Fernandes não disse, mas sabe que o que ele designa "inimigos ou adversários" de Vargas se abrigavam, todos, no raivoso segmento designado como "Banda de Música da UDN" e que viria inspirar a cassação do mandato e suspender os direitos políticos, por dez anos, do eficiente Deputado Federal udenista, lançado por Aquidauana, Edson Brito Garcia, pelo "terrível delito" de ser integrante da ala progressista do mesmo partido, intitulada "Bossa Nova", motivo porque caiu em desagrado dos caciques do udenismo sul-mato-grossense.

Igual destino teve o Deputado Federal, também da UDN progressista, Wilson Barbosa Martins. que "curtiu" longos dez anos de suspensão de seus direitos políticos, mas felizmente, pôde completar sua excelente biografia. Isto, para não falarmos do ex-Ministro da Saúde e Deputado Federal Wilson Fadul, lider máximo do trabalhismo mato-grossense, bem como seus seguidores, implacavelmente perseguidos, presos, torturados, cassados e reformados, tudo por inspiração e até, por ordem, de líderes udenistas, das quais temos comprovação documental e, cujo maior mártir, em Aquidauana, foi Adonis Gonçalves.

Indaga-se: qual a comemoração, do dia 24 de agosto, feita em Aquidauana, por aqueles que se aboletaram nas siglas trabalhistas e o que, realmente, pensam a respeito.

É compreensível o dilema das lideranças pseudo-trabalhistas de Aquidauana:

Como conciliar o culto à memória dos seus antepassados udenistas, inimigos figadais de Vargas e, ao mesmo tempo exaltar a maior figura política do Brasil, no século XX e, dos seus mais fiéis seguidores, Alberto Pasqualini, Jango Goulart e Leonel Brizola?

Só o tempo “passará a limpo” esta incongruência!

Estas considerações são provocados pelos questionamentos trazidos à baila por Caio Miranda de Barros e Lúcia Regina Bica de Abreu, sobre supostas incompatibilidades ideológicas entre agremiações partidárias aquidauanenses, cujo mérito, sem dúvida, corresponde ao fato de ter "levantado a bola" para a discussão política nesse campo.

(Edson Paim escreveu)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Simplesmente Princesa Isabel e, pois, unicamente Fauzi

Embora se chamando Dona Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon e, após o casamento com o Conde d'Eu, ter passado a ser Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança, era a autora da Lei Áurea conhecida, no seu tempo, simplesmente, como Princesa Isabel, expressão constante dos compêndios de história.
Esta prática encerrava, não só uma praxe, mas expressava, também, o culto aos antepassados, além constituir uma demonstração da estirpe nobre dos, assim, designados.
Estranhável é, portanto, a insistência com que certa imprensa costuma designar o candidato da coligação “Aquidauana tem Futuro” como “Fauzi Muhamad Abdul Hamid Suleiman”, inclusive, repetindo-a em um mesmo texto, cuja redundância, além de não fazer sentido, nem encontrar justificação, torna-se passível de empanar o brilho do articulista, não só por falta de concisão, mas por não corresponder à trilha jornalística mais adequada.
Esta estratégia se torna tanto mais esdrúxula, quando, para toda a população de Aquidauana e adjacências, tal candidato é identificando, unicamente, pela designação de Fauzi e, porque não dizer, bem conhecido, dispensando, pois, qualquer aposto ao seu nome.
Na verdade, quem de tal maneira escreve, demonstra não pretender ressaltar o orgulho que os pais de Fauzi manifestaram pelos seus ancestrais, ao lhe atribuir esse pomposo nome, digno de ser ostentado por um príncipe árabe ou, por ilustres sul mato-grossenses de origem sírio-libanesa como Wilson Fadul, Rames Tebet, Pedro Pedrossian, Humberto Neder, Alberto Neder, Nelson Trad, Nelsinho Trad, Roberto Orro, Felipe Orro, Bichara Salamene, Felipe Moacar Orro, Wadih Makxoud,, Assaf Trad, Wadih Maksoud, Wadih Salamene, Miguel Salamene, além dos Faed, Elias, Anache e muitas outras famílias.
Quiçá, o objetivo do escriba seja, apenas, o de confundir os eleitores, mas é plausível que tal prática corresponda a certo arraigado preconceito ou, mesmo, encerre alguma intenção oculta, a qual, ainda não conseguimos discernir.
(Edson Paim escreveu)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O SOLDADO E SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO BRASIL

A par do dever constitucionalmente imposto o de defender o país contra agressão externa e manter a ordem interna – o que, por si só, justificaria sua existência como elementos fiadores de uma condição indispensável para o desenvolvimento social, isto é, para que atinjamos rapidamente uma ordem social mais justa, humana e cristã, situação essa a que chegaremos se repudiarmos toda sorte de imperialismo da esquerda ou da direita, se combatermos sem trégua o poder econômico avassalador, que esteja concentrado nas mãos de grupos particulares monopolistas ou de Estados totalitários controlados por partido único, o que vale dizer, das cúpulas partidárias, há, ainda, importantes contribuições das forças armadas de hoje, e por tanto do soldado moderno, para o desenvolvimento social do Brasil. Senão, vejamos:
Ao apresentar-se o conscrito, pela seleção militar são descobertos, muitas vezes, frustros de moléstias contagiosas, cujos portadores, pela ignorância de seu estado, ameaçam a saúde dos comunicantes. Diagnosticados precocemente seus males, isso possibilita ao doente buscar os recursos necessários á sua cura.
Incorporado, passa o homem a receber cuidados médicos, odontológicos, que o capacitam a resistir aos esforços mais árduos, na instrução militar e na educação física, que contribuem decisivamente para a robustez do homem brasileiro e para a própria eugenia da raça.
Recebendo a alimentação balanceada das forças armadas, cria o soldado o habito de alimentar-se adequadamente.
A imunização compulsória do militar previne inúmeras moléstias contagiosas. Portanto, é na caserna que se encontra o melhor ambiente para a prática da saúde publica. Daí a necessidade de perfeita coordenação entre os corpos de saúde e das forças armadas e os serviços de saúde publica civil.
Os conhecimentos de higiene ministrados aos oficiais dos corpos de saúde (do exercito, principalmente): Médicos, farmacêuticos e dentistas, capacitam-nos a ministrarem educação sanitária á tropa, cujos conhecimentos serão depois disseminados para o meio civil pra o qual retorna, influenciando quase sempre os elementos que convivem com o reservista.
Cumprindo disposições regulamentares que exigem a alfabetização dos convocados, esta o meio militar contribuindo, decisivamente, para a diminuição do vergonhoso índice de analfabetismo do país e removendo a terrível venda dos olhos desses quase cegos analfabetos, melhorando consequentemente seu nível de vida.
Estranham muitos a interferência indébita de militares nas atividades administrativas do país. Por que será, amigos rotários?
É simples a resposta: é porque o militar também almeja o desenvolvimento do país e o bem-estar de seu povo e porque as forças armadas são uma escola de liderança. De um contingente de 40 conscritos incorporados em Aquidauana, somente um deles havia dirigido mais de 10 homens, assim mesmo apenas os empregados de seu pai. Um mês após, cerca de 30 desses convocados, depois de matriculados no curso de cabos, já começavam a comandar os restantes de seus companheiros.
Voltando as suas ocupações civis, terão naturalmente mais facilidade para galgar postos de direção e, se atingi-los, maiores serão suas possibilidades de êxito. Não é, pois, por acaso que muitas vezes militares ocupam cargos na administração publica. Ninguém iria convocá-los pela condição única de ser militar. Logo, a restrição a fazer-se não deve ser de ordem genérica; a restrição que se impõe deve ser apenas de ordem pessoal, de origem cultural ou de ordem técnica.
Por outro lado, a evolução do nosso tempo e a própria evolução cultural de nossa gente, exige um constante aprimoramento por parte dos quadros militares.
A arte da guerra moderna solicita do militar conhecimento profundo de geografia (física, política e econômica), matemática, física, psicologia, ciências sócias, higiene e outros ramos do conhecimento, que lhe sugerem aplicações em investimentos mais produtivos para a pátria. O militar moderno não se contenta em estudar a arte da destruição, mais quer participar ativamente da tarefa de construção de um porvir melhor, prefere ir gradativamente se adaptando ao mundo futuro que há de vir breve, em que será desnecessária a guerra para a solução de pendências ou divergências de opiniões, em que reinara definitivamente a paz, porque o homem civilizado não briga
Para que os paises belicosos substituam o ideal de guerra pelo de paz, faz-se necessário que seus militares se diluam no povo, convivam com o povo, se identifiquem com o povo, sintam as mesmas alegrias e aflições do povo e se confundam com o próprio povo.
Para isso, as repartições militares de hoje, tem sempre o seu oficial de relações publicas, que é o seu diplomata, o homem encarregado de manter boas relações com as autoridades militares e civis, de atender com fidalguia, e indistintamente a todos os que necessitem dirigir-se a essa corporação.
E para adaptar-se á realidade social que atravessamos, não prescinde o meio militar, e nem o militar individualmente, de utilizar, para bem servir á coletividade, o mais moderno, complexo e útil ramo de conhecimento – a pratica das relações humanas, que é, com certeza, o vosso ideal, o ideal rotário. É isso justamente o que fazeis ao receber o representante do comandante da guarnição militar de Aquidauana, Tenente Edson Pierre Marcello para privar convosco, honra que, em seu nome, penhorosamente agradeço.
Acredito Senhores, que o soldado moderno tem realmente um papel relevante no desenvolvimento social do Brasil. Espero que o tenha explanado, ainda que palidamente. Muito obrigado, Senhores rotários!

(Palestra realizada pelo então Tenente Edson Nogueira Paim, no Rotary Club de Aquidauana, em 1962, como representante do Comandante da 1a. Companhia do 9o. B.E.Com.)

domingo, 24 de agosto de 2008

PT de Aquidauana e estrela petista: sua visíbildade na mídia

(Do site da FM PAN de Aquidauana - MS)


Com a decisão do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral), invalidando a coligação do PT com o PMDB, em Aquidauana, o que acontece, verdadeiramente?

Nem o PT, nem o PMDB, nem Fauzi perdem alguma coisa, em termos eleitorais, com este com este fato, porque tudo ficará como era antes, já que o PT não deixará de apoiar Fauzi, ainda que através da chamada “aliança branca”.

Enquanto isso, nada ganham a candidatura de Odilon e os autores desse questionamento, Caio Leonidas de Barros e Lúcia Regina Bica de Abreu, os quais solicitaram o posicionamento da Direção Nacional do PT, sobre essa coligação.

O partido de Lula e a coligação peemedebista sofrerão, entretanto, prejuízos monetários, em face da perda e reelaboração de material de propaganda, o que, teoricamente, acentuaria o predomínio do poder econômico, característica marcante da política aquidauanense, se isto não fosse compensado pelos efeitos colaterais dessa iniciativa, verdadeiro tiro pela culatra, cuja versão moderna é "tiro no pé".

Um deles é o fato de ter resultado em intenso predomínio do PT na mídia, inclusive com o aparecimento da estrela petista em importantes sites de Aquidauana e de Anastácio, justamente na hora que o Presidente Lula recomenda aos seus companheiros de partido que não devem se envergonhar de ostentar a referida estrela no peito.

En face da controvérsia, tanto o PT como a candidatura de Fauzi passaram a ser considerados vítimas de um ardil político e o povo não gosta disso, costumando desagravar as vítimas e punir os ofensores.

Por outro lado, não nos consta que o PSDB e o DEM de Aquidauana tenham maior vínculo histórico com a UDN e com a Arena do tem o atual PTB, cuja característica é mais acentuada no PTB aquidauanense.

A aliança do PDT, com o PTB, esta sim, é estranhável e capaz de fazer o grande líder do trabalhismo autêntico, Leonel Brizola, estremecer no túmulo, pois ele, um dia, rasgara a sigla desse partido, quando ela lhe fora negada e, portanto, nada tem a ver com o trabalhismo histórico, de Getúlio Vargas, Alberto Pasqualine, Leonel Brizola, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Manoel Antonio Paes de Barros (Maneco), Antoninho Gonçalves, Manoel de Souza Cruz, Eloy Vasco de Toledo e Adonis Gonçalves.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Abordagem sistêmica da Bio Energia: Conferência Nacional de Bioenergia

A Conferência Nacional de Bioenergia, evento promovido pela Universidade de São Paulo (USP) apresenta uma proposta de abordar, de forma abrangente, a questão da bionergia, o que corresponde à perspectiva sistêmica, pois engloba seus aspectos multifacetários, envolvendo "desde avanços científicos e tecnológicos até seus impactos sociais, econômicos, regionais e ambientais envolvidos com o tema estratégico", consoante a proposta de uma metodologiade caráter sistêmico-ecológico-cibernético, constante de nosso livro "Sistemismo Ecológico Cibernético", cuja divulgação constitui o objeto precípuo de um conjunto de blogs que vimos publicando.

A seguir, reproduzimos a seguinte matéria:

Agência FAPESP – Debater e abordar a bioenergia de forma abrangente, desde avanços científicos e tecnológicos até seus impactos sociais, econômicos, regionais e ambientais envolvidos com o tema estratégico.

Essa é a proposta da Conferência Nacional de Bioenergia, evento promovido pela Universidade de São Paulo (USP) de 26 a 28 de setembro, na capital paulista.

“O programa de bioenergia do Estado de São Paulo”, “Políticas públicas e inovação para o desenvolvimento da bioenergia”, Política energética de biomassa no Estado de São Paulo” e “Pesquisa e desenvolvimento tecnológico para a produção da bioenergia” serão temas em pauta.

Também serão assuntos em análise “Cenários mundiais do biodiesel”, “Bioenergia e meio ambiente”, “Bioenergia e indústria automobilística no Brasil e no mundo” e “Perspectivas de investimentos em bioenergia e os seus impactos na economia brasileira”.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Ministério da Defesa, Força Aérea e Decea, os responsáveis pelo controle e defesa do espaço aéreo brasileiro

* A nova malha aérea proposta ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirma pelo menos 10 vôos diários a mais no aeroporto de Confins

O plano, que precisa ser autorizado pelo Departamento de Controle Aéreo (Decea), Aeronáutica e Infraero, prevê que nenhum avião decole de Congonhas (SP) para o Norte e Nordeste ou exterior.

(Estado de Minas - Sinopse Radiobrás - 21/09/2007)

Opinião do Blog:

O fato de uma proposta da Anac precisar da autorização do Departamento de Controle Aéreo (Decea), da Aeronáutica e da Infraero, todos subordinados ao Ministério da Defesa, a cabeça do sistema único de defesa do espaço aéreo brasileiro, atuando aqueles sob a delegação deste, o que implica, no mínimo, na aprovação tácita desta instância, quando não da sua decisão direta.

A Anac, provavelmente, a instigadora da malfadada tentativa de desmilitarização do sistema de controle de aeronaves civis, cujo objetivo seria quebrar esta cadeia hierárquica, com o apoio autoridades palacianas, o que constituia uma tentativa de reinar absoluta e assegurar proteção aos seus desmandos, em detrimento da administração pública e dos interesses dos usuários do setor, tendo resultado no caos aéreo.

A Anac, enfraquecida e desmoralizada, se tornou obrigada a se articular com os demais órgãos do setor, assegurando o funcionamento harmônico do sistema de defesa do espaço aéreo brasileiro, subordinado ao Ministério da Defesa, a verdadeira cabeça do sistema, tend0 como indispensável subsistema, o controle de vôo de aeronaves civis, agora, absolutamente militarizado.

Esta estratégia atende aos princípios de organização sistêmica, em curso nos diferentes setores da administração pública federal, processo que permite a eliminação de duplicidade de órgãos, da superposição de papéis e, consequentemente, redução de custos operacionais.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O PDT de Aquidauana não se parece com o PDT de Leonel Brizola

Roberto Jéferson assume, ostensivamente, o comando da campanha pela sucessão em Aquidauana, apoiando uma pretensa candidatura trabalhista, formada por uma esdrúxula coligação, da qual faz parte o PDT (que nada tem a ver com o trabalhismo de Getúlio Vargas, Jango e Brizola), ou melhor, tem o seu DNA impregnado de antecedentes de inimigos figadais dessa corrente política.

O PDT de Aquidauana não é o PDT de Brizola, de Wilson Fadul, de Alarico Reis D´Avila e deste, que subscreve esta nota e tem como credencial o mérito, ou o “terrível delito” de ser seguidor das idéias de Brizola por mais de meio século e por isto teve o seu afastamento do querido Exército Brasileiro, por inspiração, ordem e documento emitido pela Prefeitura (que consta dos autos do inquérito), assinado por aquele que Roberto Jéferson reputa como grande trabalhista.

O PDT de Aquidauana não tem a “cara” de Brizola e, seguramente, não será capaz de blasfemar, utilizando seu nome e sua imagem, na campanha sucessória.
Se Brizola vivesse, certamente, vetaria essa coligação.

Coincidentemente, faz parte da mesma, o PT do Z, uma dissidência fisiológica do partido, em Aquidauana, porque acomodada nos quadros da Prefeitura, integrante de uma das duas correntes que divide PT sul-mato-grossense, comandada pelo próprio ex-Governador Zeca (do PT?)

Eis o que é o PDT brizolista e compare com o de Aquidauana:


PDT - Uma proposta para o Brasil

O PDT foi fundado por Leonel Brizola, no exílio, em Lisboa, em 1979, mas sua herança histórica vem da Revolução de 30, com Getúlio Vargas, e depois João Goulart.
O PDT - Partido Democrático Trabalhista - surgiu em 17 de junho de 1979, em Lisboa, fruto do Encontro dos Trabalhistas no Brasil com os Trabalhistas no Exílio, liderados por Leonel Brizola. Seu objetivo era reavivar o PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, criado por Getúlio Vargas e presidido por João Goulart, e proscrito pelo Golpe de 1964.
Desse encontro, ao qual esteve presente o líder português Mário Soares, representando a Internacional Socialista, saiu a Carta de Lisboa, que definiu as bases do novo partido.
"O novo Trabalhismo" - dizia o documento - "contempla a propriedade privada condicionando seu uso às exigências do bem-estar social.
Defende a intervenção do Estado na economia, mas como poder normativo, uma proposta sindical baseada na liberdade e na autonomia sindicais e uma sociedade socialista e democrática.
Uma manobra jurídica, patrocinada pela ditadura, no entanto, conferiu a sigla a um grupo de aventureiros e adesistas, que se aliou às elites dominantes, voltando-se contra os interesses dos trabalhadores. Leonel Brizola, depois de 15 anos de desterro,
Doutel de Andrade, Darcy Ribeiro e outros trabalhistas históricos já tinham retornado ao Brasil, quando a Justiça Eleitoral entregou, em 12 de maio de 1980, o PTB àquele grupo, ironicamente encabeçado por Cândida Ivete Vargas Tatsch, uma sobrinha em segundo grau de Getúlio.
"Consumou-se o esbulho", denunciou Brizola, chorando e rasgando diante da televisão um papel sobre o qual escrevera aquelas três letras, que durante tanto tempo simbolizara as lutas sociais no Brasil.
"Uma sórdida manobra governamental " - disse ele - "conseguiu usurpar a nossa sigla para entregá-la a um pequeno grupo de subservientes ao poder...
O objetivo dessa trama é impedir a formação de um partido popular e converter o PTB em instrumento de engodo para as classes trabalhadoras".
Uma semana depois, nos dias 17 e 18 de maio, os trabalhistas autênticos reuniam-se no Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, para o Encontro Nacional dos Trabalhistas, que, contou com a participação de mais de mil pessoas.
Lá foi anunciada a adoção de uma nova sigla para o partido - PDT. No dia 25 de maio, outra reunião, na ABI, Associação Brasileira de Imprensa, na Cinelândia, aprovou o programa, o manifesto e os estatutos do Partido Democrático Trabalhista.
O PDT passou então a dar cumprimento ao enunciado da Carta de Lisboa, organizando-se inicialmente em nove Estados, sobretudo a partir do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O autoritarismo, ainda vigente, baixou normas draconianas para favorecer o partido do poder - PDS, antiga Arena, hoje PPB - e restringir brutalmente os partidos de oposição.
Não obstante, na primeira eleição democrática de 1982, o PDT elege Brizola governador do Rio de Janeiro, dois senadores - um no Rio e outro em Brasília -, 24 deputados federais, credenciando-se como uma das principais forças políticas do país.
Em 1983, antes da posse de Brizola, os pedetistas fazem nova reunião nacional, em que tiram a Carta de Mendes, cidade o interior do Estado do Rio de Janeiro que abrigou o encontro. Neste documento, eles traçam as diretrizes da ação política para a realidade do novo Brasil saído das urnas.
O surto neoliberal que se abateria sobre o mundo, a partir dali, entretanto, retardaria a ascensão do Partido ao poder nacional, que agora assiste de camarote ao desmonte desse sistema cruel e desumano, credenciando-se como a única alternativa popular no Brasil do fim do século.
Em 1989, o PDT era escolhido como o único membro da Internacional Socialista no Brasil e seu líder, Leonel Brizola, eleito um dos vice-presidentes daquele organismo, com sede em Londres, que reúne os principais movimentos populares do mundo.(Do site do PDT)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

A Política Nacional, o Golpe de 1964 e seus reflexos em Aquidauana

(Publicado no Site da FM PAN de Aquidauana - MS, em 17-07-08

Apesar da ausência de nitidez ideológica, como vem ocorrendo na maioria dos municípios brasileiros, fruto da dissolução dos partidos, pelo governo ditatorial, é conveniente, para se compreender, mesmo hoje, a política aquidauanense, nos remontarmos ao cenário em que ela se desenvolvia no período anterior a 1964 e, o que ocorreu, posteriormente.
Até então, os campos políticos eram bem delimitados: três correntes políticas predominavam:
A UDN à direita (conservadora), o PSD ao centro (nem um, nem outro, antes pelo contrário, como diria um político mineiro) e o PTB à esquerda (reformista).
Como não poderia deixar de ser, este quadro se repetia em Aquidauana, seguindo a lógica da política federal e estadual.
O PSP (Partido Social Progressista) era, predominantemente, paulista, sem característica ideológica e personalista, pertencente ao ex-Interventor e ex-Governador de São Paulo, o médico Ademar de Barros, duas ou três vezes candidato a Presidência da República.
Entre outras correntes, destacamos o PSB, com clara definição socialista, o PRP, integralista, de Plínio Salgado e, o PL, do Deputado gaúcho Raul Pila, baluarte da pregação do regime parlamentarista, idéia que penetrava nos diversos partidos, tendo seu avanço detido e frustrado pela sua implantação, como casuísmo, para “castrar” o Governo de João Goulart, tendo vida efêmera, revogado por plebiscito. .
A UDN perdera a eleição presidencial de 1945, quando o Brigadeiro Eduardo Gomes foi derrotado pelo General Eurico Gaspar Dutra.
Nesta eleição concorreu também o candidato do Partido Comunista, Iedo Fiúza.
Em Aquidauana foi candidato a Deputado Estadual o Sr. José Alves Ribeiro (“Coronel” Zélito”), não se elegendo.
Em 1950, o mesmo Brigadeiro (UDN) perdeu a eleição para Getúlio Vargas.
0 PSD concorreu com Cristiano Machado que teve pequena votação, pois as bases pessedistas preferiram, gerando a palavra “cristianização”.
Descorçoada com os pleitos eleitorais a UDN começa apelar para o golpismo, desenvolvendo oposição sectária e “infernizando” o Governo Vargas.
O suicídio de Getúlio Vargas conduz ao poder o Vice-Presidente Café Filho, do PSP, eleito na chapa de Vargas, mas que se aproximara da UDN.
É nomeado o General João Baptista Dufles Teixeira Lott para Ministro da Guerra
O suicídio de Getúlio, em 24 de agosto de 1964, golpeia a UDN. Ele, morto aterroriza, muito mais, e faz mais estragos na UDN, do que quando vivo.
Juscelino Kubstcheck, do PSD, ex-Governador de Minas Gerais se candidata a Presidente da República, em 1955.
A UDN, já apelidada “vivandeira dos quartéis”, brada, através do jornalista Carlos Lacerda, seguido em coro pela chamada “banda de música da UDN, esbravejando: Juscelino não será eleito, se for eleito, não tomará posse, se tomar posse não terminará o mandato.
Pois bem, Juscelino é eleito, vencendo o candidato da UDN, General Juarez Távora, o qual pregava a “revolução pelo voto”.
Inicia-se ferrenha campanha udenista contra a posse de Juscelino Kubstcheck de Oliveira.
O mesmo Lott viria impedir o Presidente Café Filho, em 11 de novembro e, em 21 do mesmo mês, o Presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, que o substituíra na Presidência da República, tudo isto, unicamente para assegurar a posse de Juscelino.
O Governo de Juscelino, com seu plano de metas, o slogam “Cinqüenta anos em cinco” a fundação de Brasília, a mudança da Capital para o Planalto, o desenvolvimento da indústria automobilística, entre outras causas, transformaram Juscelino no maior estadista da República, ombreando com Getúlio Vargas.
Em Aquidauana, existia um alto nível de partidarismo, de fidelidade partidária e de caciquismo e coronelismo político.
O eleitorado de cada partido era bem delimitado.
O candidato não tinha muita significação. Importante era a sigla a que pertencia e o cacique que a comandava.
Eu sou da UDN, eu do PSD, eu sou do PTB, eu sigo o Coronel Zelito, eu acompanho Ovídio Costa, eu sigo Antonio Trindade, eu acompanho o Bonifácio (Nunes da Cunha),
Eu estou com o Maneco (Manoel Paes de Barros), predecessor de Antonio Gonçalves, o Antoninho e, Manoel Souza Cruz, no comando do PTB.
Nas últimas eleições, incluindo a de 1962, o PSD e o PTB estiveram coligados.
O eleitor afirmava: Eu sou da coligação ou, eu sou udenista.
Fundado sob a inspiração de Getúlio Vargas, “entre 1945 e 1964 foi o PTB o partido que mais cresceu, tanto em número de votos, quanto em número de filiados: em 1946 o PTB tinha 22 deputados federais; em 1964 já tinha 104. Isto refletiu a crescente urbanização e industrialização que o Brasil experimentou naqueles anos. O PTB era, entre os grandes partidos de então, o mais à esquerda, e era constantemente acusado pelos opositores de ter políticas comunistas.”
Era assim. O golpe de 1964 mudou tudo. E agora?... (Edson Paim escreveu).

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O DEM e o PSDB eram “mocinhos” e viraram “bandidos” - Edson Paim

Publicado ontem, Quarta-feira, 16 de Julho de 2008 | 08:41Hs, no site da FM PAN DE AQUIDAUANA - MS

Até a noite de 30 de junho, data da convenção do PDT, o DEM e o PSDB eram “mocinhos”, na opinião do Sr. Caio, pois serviam para companheiros de chapa para o partido brizolista (nem tão brizolista), pois se arquitetava emplacar o vereador Zé Ribeiro (PDT), como vice, na chapa de Fauzi Suleiman, sem questionar que o ex-PFL e o PSDB eram integrantes da coligação capitaneada pelo PMDB.
Após o insucesso desta empreitada, estes dois partidos viraram “bandidos”, tanto que o secretário de Obras do prefeito Felipe Orro, Caio Leônidas de Barros (ex-PT), embora sem condição legal para tanto, por não ser mais filiado ao partido, ingressou com recurso na Executiva Nacional, denunciando a coligação do PT com o PMDB, da qual participam PSDB e DEM, invocando o fato de ter sido firmada, sem consulta à instância superior dentro do prazo estabelecido.
Fato curioso é que, para se coligar com o PDT, os dois partidos que fazem oposição ao Presidente Lula, servem; mas para se articular com o PT, não!
Trata-se, portanto, de “dois pesos e duas medidas.”
Acredita-se que a denúncia do Sr. Caio se torne inócua.
Primeiro porque a chapa de vereadores do PT já estaria registrada, na Justiça Eleitoral, a qual poderá não tomar ciência da luta intestina do Partido.
Segundo: esta situação já teria sido aprovada pelo Diretório Regional do PT, além de não interessar ao mesmo, a invalidação da chapa de vereadores do partido, já registrada, uma vez que não há mais tempo hábil para se propor nova chapa, o que resultaria na destruição do PT de Aquidauana, hipótese prejudicial às duas correntes petistas que se acham em contenda, no Estado.
A decisão da Executiva Nacional do PT poderá demorar tanto que não haverá tempo de produzir efeitos, até as eleições e, sobretudo porque pode não ser do interesse dessa instância partidária, passar por cima do Diretório Regional.
Por outro lado, se prosperar a iniciativa do ex-petista, Sr. Caio, ele poderá ter, apenas, uma “vitória de Pirro”, pois as suas novas hostes não ganhariam nada com a destruição do PT aquidauanense, senão acirrar os ânimos da direção, da militância e dos demais filiados, contra sua conduta e, sem conseguir que passem a apoiar o seu candidato.
O Presidente do diretório, Ipojucan Prade e, o primeiro-secretário do partido, Nabil Jafal, afirmam que manterão o apoio ao candidato peemedebista, Fauzi Suleiman, independentemente da decisão do Diretório Nacional.(Edson Paim escreveu)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Aquidauana - MS: Processo sucessório traumático e seqüelas

(Publicado no site da FM PAN de Aquidauana - MS, em 15-07-08)

Na noite de anterior à convenção chegou ao Rio de Janeiro a denúncia de que o Partido de Leonel Brizola (não sei se posso dizer brizolista), em Aquidauana, abdicara do lançamento de candidatura própria, a fim de aceitar uma vaga de vice na chapa de Fauzi Suleiman, embora dispusesse de candidato competitivo, o ex-Prefeito e ex-Deputado Raul Freixes.
O fato foi comunicado ao Deputado Carlos Corrêa que informou que presidente licenciado do Diretório Nacional, Carlos Lupi, se encontrava na capital fluminense e que compareceria ao seu Gabinete local, situado no prédio antigo do Ministério do Trabalho, no Rio de Janeiro, construído por Getúlio Vargas, criador desse Ministério.
Enquanto o Ministro era aguardado, a sua assessoria informou que ele costumava não interferir em assuntos partidários e que seria melhor se dirigir ao Presidente em exercício ou ao Sr. Manoel Dias, ex-deputado e secretário geral do Partido.
Procurado na sede da Fundação Leonel Brizola e Instituto Alberto Pasqualini, sua secretária, D. Suely, informou que ele se encontrava no sul do país e forneceu o seu telefone celular.
Ao tomar conhecimento do fato, que seria contrário ao crescimento do Partido, em Mato Grosso do Sul, ele perguntara se o Deputado Dagoberto Nogueira teria tomado conhecimento disso e prometeu contatá-lo, por telefone.
Em outro telefonema, Manoel Dias informou que não encontrara o Deputado, mas que iria efetuar nova tentativa.
Coincidência ou não, Dagoberto compareceu à convenção e, ainda não sabemos qual a participação dele no episodio da reversão do processo de lançamento de vice-pedetista, optando pela candidatura própria, mas descartando Raul Freixes que, segundo revelaram as pesquisas, era mais competitivo.
A veracidade da existência da tentativa, prejudicial ao crescimento do partido, de partir,
apenas, com candidato a vice, é atestada pela insurgência do Vereador Zé Ribeiro, pretenso candidato a esse cargo e que, em razão do fracasso do acordo, teria, não só desistindo de postular sua reeleição, como se desligando do PDT e da campanha do candidato pedetista.
Ao reverso, é praticamente certo que o vereador Zé Ribeiro venha a apoiar o candidato adversário.
A candidatura de Raul Freixes a vice-prefeito, como prêmio de consolação, não foi, por ele, bem recebida, por isto resolveu renunciar a ela, constituindo outro baque na candidatura do correligionário, Odilon Ribeiro

terça-feira, 15 de julho de 2008

Bafômetro X Trânsito: Quem não bebe, não teme (Edson Paim)

(Publicado, ontem, no site da FM PAN de Aquidauana - MS)

A Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento (Abrasel Nacional) deu entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) a uma ação em que pleiteia a declaração de inconstitucionalidade de artigos da Lei 11.705, já está conhecido como Lei Seca, por entender que ela estabelece punições demais rigorosas aos motoristas que dirigem alcoolizados e proíbe a venda de bebidas alcoólicas à beira das rodovias federais.
Trata-se do melhor processo, até agora adotado, para a redução das mortes e traumatismos nas estadas, além de, por tabela, diminuir a incidência do alcoolismo e de suas seqüelas, em todo o país.
Os acidentes e as mortes por acidentes de trânsito têm diminuído, em todas as localidades do país, onde já se estabeleceu controle rigoroso da presença de álcool, no sangue dos condutores de veículos.
Hospitais do Rio de Janeiro revelam a queda de atendimento por traumatismo resultante do acidente de trânsito, enquanto levantamentos detectaram que, na cidade de São Paulo as mortes por essa causa teve a redução de 57%.
Alem de salvar vidas, reduzir incapacidades e proporcionar disponibilidade para atendimento médico-hospitalar para outras patologias, haverá diminuição de gastos com saúde, se evitará impactos negativos na economia individual, familiar e coletiva.
Como se vê, a referida Associação resolveu se colocar na contramão de uma grande medida de saúde pública que se instituiu no país.

sábado, 12 de julho de 2008

Aquidauana há 60 anos: Minha primeira imagem de Roberto Orro

Há pouco mais de vinte dias, li a notícia de que o Felipe Ribeiro Orro se licenciara das funções de Prefeito de Aquidauana, com a finalidade de acompanhar o tratamento de saúde do seu pai, o nosso querido Roberto Orro.
No instante, surgiram as reminiscências de uma amizade que cultivamos desde 1962, mas gostaría de mencionar uma de suas imagens, que ainda conservo viva na lembrança.
Em 1946 cheguei a Aquidauana, vindo de Porto Murtinho; onde vivia desde 1942.
Fui trabalhar no escritório de Contabilidade de Attilio Candia e Angélico Nogueira.
A firma, de nome Mercúrio, era correspondente do Banespa, sendo à única organização bancária em Aquidauana, além do Banco do Brasil.
Posteriormente, o “seu” Attilio assumiu a gerência do Banco Nacional do Comercio e Produção, que se instalou na cidade, depois encampado pelo Banco da Lavoura, tendo me convidado para trabalhar na Agência, juntamente com Hernandes Boeira de Deus e Alésia de Castro, filha do “Nhato”, compadre de Attílio Candia, entre outros.
Cabia a mim e ao Hernandes, as funções de continuo, tendo sob nossa responsabilidade (como já ocorrera na Organização Mercúrio), a entrega de avisos de vencimentos de títulos aos clientes ou levar duplicatas para aceite (função que no Banco do Brasil era desempenhada pelo Vicente).
Além de percorrermos o centro da cidade, tínhamos que enfrentar a pé ou de bicicleta, através de denso areal ou de ruas barrentas do Guanandy, para chegar a casa comercial do André Loubet (tio do Deputado Vander Loubet) ou do Bairro Alto, a fim de visitar a Casa Tamashiro ou a Portuguesa, além de outras firmas.
Na Rua 7 de setembro se situava o estabelecimento do Sr. Felipe Moacar Orro, nosso cliente, onde comparecíamos periodicamente, por dever de ofício.
Nessas ocasiões, era habitual se avistar nas proximidades da esquina entre as ruas 7 de setembro e 15 de agosto, um território que pertencia ao menininho Roberto, onde se divertia, deslocando o seu velocípede com grande rapidez e destreza.
Episódios marcantes, do nosso convívio com Roberto Orro, poderão ser relatados, oportunamente.
Em 1948 fui convocado para o Exército; em 1950 fui transferido para Campo Grande e, em 1951 para o Rio de Janeiro, só regressando a Aquidauana, em 1961, quando se inicia amizade que sobrevive até os dias de hoje, inclusive, caldeada por motivos ideológicos.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

PDT “cresce”, em Mato Grosso do Sul, como rabo de cavalo

Quando o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, Presidente Nacional licenciado do PDT, esteve em Campo Grande, estimulou o lançamento da candidatura do Deputado Dagoberto Nogueira à Prefeitura de Campo Grande.
Esta hipótese já vinha sendo aventada, mas em ritmo lento, uma vez que o PMDB lhe acenava com a possibilidade de integrar a chapa de Nelsinho Trad, como vice.
Diante do fato, o PMDB, continuou obstaculizando o lançamento de candidato próprio pelo PDT, mediante a insistência na possibilidade de acordo, “fritando”, em fogo brando, a candidatura do Deputado.
Com isto, Dagoberto perdeu tempo, até tornar inviável o lançamento de sua candidatura a Prefeito da Capital.
Assim, o partido brizolista perde espaço, em Mato Grosso do Sul, comparativamente com o pleito anterior, “crescendo”, pois, como rabo de cavalo.

Leia notícias do dia:
Acessando Edson Paim Notícias, no Painel da FM PA

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Aquidauana - MS: Raul Freixes não se satisfaz com prêmio de consolação

Raul Freixes não se satisfaz com prêmio de consolação

Edson Paim (Publicado no site da FM PAN DE AQUIDUANA)

Por motivos ainda não totalmente revelados, Raul Freixes foi preterido como candidato a Prefeito de Aquidauana, apesar de ser o mais competitivo dentre os filiados do PDT, como revelaram as pesquisas.
Certamente, por não se satisfazer com a candidatura a Vice-Prefeito, como prêmio de consolação, resolveu desistir dela e, desde já, dar a largada rumo à Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

domingo, 1 de junho de 2008

Aborto (ou abortamento) provocado: pretensa medida de saúde pública

A propósito da discussão memorável provocada no Supremo Tribunal Federal, quando da aprovaçao da justíssima proposta de utilização de células troncos na pesquisa científica.

No caso, trata-se de fetos mantidos "in vitro" por mais de três anos, inviáveis, e descartáveis, portanto destinados ao lixo e, desprezados pelos próprios doadores por se tratar de sobejos de processos de fecundação artificial, ainda assim, torna-se necessária a autorização do casal interessado, a fim de que seja utilizados na pesquisa científica.

Embora sejamos defensores desta destinação à pesquisa científica, ao reverso, defendemos os direitos do nascituro, desde o instante da concepção, "in-útero", o que e, sobretuto, assegurado por lei e por doutos julgamentos.


À propósito de tal fato, cabe relembrar o que publicamos por ocasião da rejeição do projeto que tratava da descriminalização do "aborto", exatamente, quando o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tentava emplacar a prática do abortamento como uma pretensa medida de saúde pública, a qual nos colocamos radicalmente contrarios.

Escrevêramos, em 05 de abril de 2007:

"Aborto" ou abortamento é defendido como medida de saúde pública, por Adson França, do Ministério da Saúde e encampado pelo Ministro da Saúde.

Falta, agora, aparecer quem o defenda como proposta de combate à fome, à pobreza e à criminalidade.

Esta pretensa medida de saúde pública (Adson França), significa, com maior propriedade, a antítese de autênticas medidas, consagradas como tal e, defendidas por doutos sanitaristas.

Tal estapafúrdia proposta corresponde, sem dúvida, à confissão das autoridades responsáveis, do fracasso das verdadeiras medidas de saúde pública, motivo porque pretendem, assim, "tapar o sol com peneira".

Se esta aberração se concretizar, não tardará a aparecer profissionais, ainda mais "aloprados", capazes de defender a prática do abortamento, como proposta de combate ao analfabetismo, à pobreza, à miséria, à fome, á mortalidade infantil e à criminalidade.

Certamente os autores da proposta estão incluídos entre aqueles sanitaristas e, até professores da área, com quem já convivi, sem a necessária vivência das atividade intra-hospitalares, resultante da distorção do do ensino médico, pois os alunos se dirigem para as especialidades, antes mesmo, de tornarem médicos, motivo porque alguns sanitaristas, ainda que médicos, nunca trabalharam em um hospital, abdicando da possibilidade de se tornarem profissionais generalistas, do que resultam propostas de soluções fragmentárias, como a de considerar o abortamento como medida de saúde pública.

Esta proposta, decorrente do fracasso da saúde de medidas preventivas, pressionaria, ainda mais, a demanda à combalida assistência hospitalar, ao transformar gestantes sadias (gestação é um estado fisiológico e não patológico), em pacientes da assistência hospitalar, tirando vagas de outros mais necessitados, aumentando, ainda mais, a balbúrdia e o caos.

Como a maioria dos sanitaristas nunca fizeram um parto normal, muito menos um parto cirúrgico, estão geralmente inaptos para realizar um procedimento abortivo, desconhecendo, portanto, as implicações éticas, ao pretenderem impor a categoria médica, pois em face do juramento hipocrático e do nosso código de ética, a maioria dos médicos não está disposta receber ordens para setornar exterminadores de fetos viáveis, para suprir deficiência de medidas de saúde pública.

Na minha vivência como clínico, sanitarista e professor de saúde pública, conheço um caso, do qual tenho testemunhas, de uma tentativa de abortamento provocado, do qual resultou no nascimento de uma criança, hoje, com mais de trinta anos e já se tornou mãe.

Este é um dos elementos de minha convicção, se não bastassem o meu passado, dedicado à ecologia, inclusive tendo documento do extinto SNI, em que relata o comparecimento em reunião, representando o movimento verde de um partido político, o que por si só, justificaria ser contra o abortamento, principalmente, quando, por uma imposição do Estado.

Devo acrescentar que nada tenho contra a descrimalização do aborto, pois esta medida, além de isentar de culpa a incauta gestante que desejar provocá-lo (ao praticar um ato de foro íntimo ou de livre arbítrio) e o médico que venha atendê-la, pois esta medida eliminaria o abortamento clandestino e, os conseqüentes resultados nefastos decorrentes da clandestinidade, viria eliminar um dos principais argumentos dos "sanitaristas aborteiros", para a adoção sistêmica da malfadado processo abortivo, com o propósito único de suprir o fracasso das medidas preventivas, a fim de isentá-los das suas responsabilidades as transferir para o setor curativo.

Clemenceau afirmara que a guerra é uma coisa muito séria, para ficar afeta aos generais, certamente, enquanto gerais, pois De Gaulle, Eisenhauer e outros, embora Generais, foram, sobretudo, estadistas.

Parafraseando Clemenceau, poderíamos afirmar que a saúde publica constitui um caso muito sério, para ficar afeto, apenas a sanitaristas, pelo menos, enquanto sanitaristas.

Para concluir, registramos parte da conversa, em filme cinematográfico, em que dois atores, em que um, militar, se dirigiu ao outro, um médico, referindo aos seus aos seus feitos, durante a missão e, afirmando:
"a sua missão é salvar vidas, ainda que indignas, enquanto a minha é exterminá-las, mesmo que dignas."

A proposta de inversão dos papéis é inconcebível.

A instituição do abortamento massificado, exterminador, não cabe no papel do médico.

Para esta "missão desumana", chamem outro profissional, ou então, que os médicos responsáveis pela instituição dela, abdiquem da sua condição de médico, para não desabonar ou comprometer a honorabilidade da nossa categoria profissional.

Nesta postagem, acrescentamos:

Nenhum médico seria obrigado a aceitar ordens para executar esta proposta indecorosa, pois contraria, diametralmente, o código de ética médica.

Felizmente, o Ministro "botou a viola no saco" e "saiu fininho", depois de ter induzido até o Presidente da República a "cair na esparrela", ao defender esta criminosa proposta.