Terça-feira, 30 de Setembro de 2008 | 09:18Hs
Edson Paim
O megapacote econômico de US$ 700 bilhões proposto pelo governo americano, objetivando conter a crise que assola a economia dos Estados Unidos (à beira da recessão) foi rejeitado, ontem, na Câmara por 228 votos contra 205.
Era necessário um total de 218 votos para aprovar projeto.
Entretanto, a maior parte dos congressistas que rejeitaram o projeto é formada por integrantes da ala mais conservadora do Partido Republicano, do Presidente Jorge Bush (uma espécie de UDN lá deles), o partido que representa o belicoso complexo industrial-militar que governa o país e dita regras para o mundo, o que tem sido, constantemente, fustigado pelo Presidente Lula.
Somente 65 republicanos votaram pelo projeto, contra 133 que foram contrários, enquanto 140 democratas ratificaram o pacote, e outros 95 votaram contra.
Prevaleceram razões ideológicas e eleitoreiras, sobre o que o presidente Bush considerou interesse dos Estados Unidos.
Diz-se que, quando "Tio Sam" dá um espirro, grande parte do mundo pega um resfriado.
No Brasil, a UDN sempre manteve uma posição similar à do Partido Republicano, do país do Norte, de resto fiel aos interesses dos grupos elitistas.
Esse partido não seria diferente em Aquidauana, caracterizado pelo “coronelismo” e pela manutenção decurrais eleitorais e “carneadas” às vésperas e nos dias dos pleitos.
Em face de suas raízes, é de se indagar qual o verdadeiro pensamento político-ideológico de Odilon, já que se apresenta, agora, com um pé, ainda, na canoa da UDN, em razão de sua história familiar e dos interesses dos pecuaristas e, com outro pé, na canoa do Brizola.
Irá, algum dia, adotar ele o discurso do partido de Brizola e do PDT, com viés progressista, trabalhista, sindicalista?
Qual sua opinião a respeito dos Sindicatos Rurais e da Reforma Agrária?
Concorda ele com o que está expresso no site do PDT: “Trabalhismo de Verdade?
Trata-se de uma clara estocada no PTB.
Ou, ao reverso, assume o ideário udenista-arenista, do qual o PTB descende em linha direta?
Enquanto não houver definição, optando por um dos lados, permanecerá encoberto por um discurso vazio de conteúdo, pleno de ambigüidades, coerente com a expressão vulgar que diz que “a palavra serve para esconder o pensamento”.
Na ausência de uma definição clara, colocação de um pensamento ideológico nítido, esse político não estará em condições de assumir às rédeas do Governo de Aquidauana, pois o povo do município não pode conceder um “cheque em branco”, a quem mantém a incômoda posição de conservar o pé direito numa canoa e o pé esquerdo, noutra!
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