Há pouco mais de vinte dias, li a notícia de que o Felipe Ribeiro Orro se licenciara das funções de Prefeito de Aquidauana, com a finalidade de acompanhar o tratamento de saúde do seu pai, o nosso querido Roberto Orro.
No instante, surgiram as reminiscências de uma amizade que cultivamos desde 1962, mas gostaría de mencionar uma de suas imagens, que ainda conservo viva na lembrança.
Em 1946 cheguei a Aquidauana, vindo de Porto Murtinho; onde vivia desde 1942.
Fui trabalhar no escritório de Contabilidade de Attilio Candia e Angélico Nogueira.
A firma, de nome Mercúrio, era correspondente do Banespa, sendo à única organização bancária em Aquidauana, além do Banco do Brasil.
Posteriormente, o “seu” Attilio assumiu a gerência do Banco Nacional do Comercio e Produção, que se instalou na cidade, depois encampado pelo Banco da Lavoura, tendo me convidado para trabalhar na Agência, juntamente com Hernandes Boeira de Deus e Alésia de Castro, filha do “Nhato”, compadre de Attílio Candia, entre outros.
Cabia a mim e ao Hernandes, as funções de continuo, tendo sob nossa responsabilidade (como já ocorrera na Organização Mercúrio), a entrega de avisos de vencimentos de títulos aos clientes ou levar duplicatas para aceite (função que no Banco do Brasil era desempenhada pelo Vicente).
Além de percorrermos o centro da cidade, tínhamos que enfrentar a pé ou de bicicleta, através de denso areal ou de ruas barrentas do Guanandy, para chegar a casa comercial do André Loubet (tio do Deputado Vander Loubet) ou do Bairro Alto, a fim de visitar a Casa Tamashiro ou a Portuguesa, além de outras firmas.
Na Rua 7 de setembro se situava o estabelecimento do Sr. Felipe Moacar Orro, nosso cliente, onde comparecíamos periodicamente, por dever de ofício.
Nessas ocasiões, era habitual se avistar nas proximidades da esquina entre as ruas 7 de setembro e 15 de agosto, um território que pertencia ao menininho Roberto, onde se divertia, deslocando o seu velocípede com grande rapidez e destreza.
Episódios marcantes, do nosso convívio com Roberto Orro, poderão ser relatados, oportunamente.
Em 1948 fui convocado para o Exército; em 1950 fui transferido para Campo Grande e, em 1951 para o Rio de Janeiro, só regressando a Aquidauana, em 1961, quando se inicia amizade que sobrevive até os dias de hoje, inclusive, caldeada por motivos ideológicos.
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