sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Ministro Lupi caiu na “esparrela”: Odilon renega Brizola

Quarta-feira, 01 de Outubro de 2008 | 08:09Hs

Edson Paim

Conheci Lupi alguns dias depois que, juntos com Brizola, fundamos o PDT, em memorável reunião no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro.

Montou ele um comitê nas cercanias do Lago do Machado, cujo objetivo era a campanha majoritária: Brizola para Governador.

Ofereceu-me para colocar a propaganda de minha esposa, nesse comitê, oferta que, obviamente, aceitei, de bom grado.

Desta forma, Carlos Lupi contribuiu para eleger a Deputada Estadual Rosalda Paim que viria ser vice-líder do governo na Assembléia.

Sempre mantive, com ele, convívio e amizade.

Acompanhei toda a ascensão de Lupi, através de todos os degraus do partido, até ser escolhido por Brizola, como seu lugar- tenente: Vice-Presidente Nacional do PDT.

Após a morte de Brizola, passou a ocupar a Presidência, na qual foi confirmado pelo Diretório Nacional, até como uma homenagem ao grande líder, cujos membros sabiam ser esta a sua vontade: Ter Lupi como seu herdeiro político.

Já Presidente, o procurei no Instituto Pasqualini, a fim de lhe entregar um exemplar do livro de minha autoria, escrito de parceria com Rosalda Paim, intitulado Sistemismo Ecológico Cibernético, já na 3ª. edição.

Como ele se encontrava em reunião, pedi a sua secretária para efetuar a entrega do referido livro, porque não dispunha de tempo para aguardar o fim da reunião, a fim de fazê-la, pessoalmente.

Eis que, interrompendo a reunião, ele aflorou à porta do seu Gabinete, com o livro na mão e me disse:

Oh Paim! E a dedicatória? Como vou dizer às minhas filhas que sou amigo do autor, se você ainda não fez a dedicatória!

Esse Lupi que eu conheço bem, não deixa de citar Brizola, exaltando-lhe a memória, em todos os seus discursos, como o faz qualquer verdadeiro pedetista, motivo porque, certamente, o fez em Aquidauana.

Assim, fica patente a deturpação do pronunciamento de Lupi, na nota sobre sua visita a Aquidauana, tendo sido escoimado, da fala do Ministro, o nome do maior líder do trabalhismo brasileiro – o trabalhismo de verdade - Leonel de Moura Brizola, símbolo do partido, comprovando-se a ojeriza que têm dele os “trabalhistas” (com aspas, mesmo) da Princesa do Sul que, por oportunismo, se aboletaram na legenda.

Referimo-nos à matéria publicada no site Anastácio Notícias, com a informação da fonte (com assessoria), estando, portanto, excluída qualquer possibilidade de participação de Ronaldo Regis, na adulteração da fala do Ministro.

Lupi, certamente, ficará estarrecido quando lhe dermos conhecimento de tal heresia e profanação do ritual do partido, expressos pela adulteração do seu discurso, o que lhe permitirá conhecer melhor os pseudo-pedetistas de Aquidauana.

“Conhece-se o pau pela casca”! Quem não é brizolista, não é pedetista!

Portanto, após a derrota, quando já frustrada a tentativa de enganar o povo, vestindo-se o “lobo com pele de cordeiro”, os pedetistas enrustidos devem “por a viola no saco” e sair de “fininho”, abandonando a sigla, descontaminando-a do ranço udeno/arenista, pois eles constituem “corpo estranho”, no interior do partido, no qual nunca deveriam ter ingressado.

São confirmadas, pois, todas as nossas assertivas anteriores à respeito das incompatibilidades ideológicas do candidato Odilon com ideário trabalhista, pedetista e brizolista.

Ademais, o PDT (o Trabalhismo de Verdade), uma agremiação progressista, será sempre identificada com Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Alberto Pasqualini, o que coloca o Sr. Odilon e seus seguidores em situação desconfortável, face ao seu perfil, a menos que venha a assumir os postulados do partido e renegue sua história pessoal e as tradições conservadoras familiares.

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