sexta-feira, 22 de abril de 2011

Caiado ataca Jorge Bornhausen: Ele é ‘quinta coluna’

Diante do clima, verdadeiramente demoníaco, do sangramento do DEM, que definha, dia a dia, o Deputado goiano Ronaldo Caiado, lider ruralista e vice-lider do partido na Câmara, lança mão de sua "metralhadora giratória" e mira, inicialmente, em Jorge Bornhausen (SC), taxando de quinta coluna, o ainda presidente de honra da  agrenuiação polítitica, cuja sigla inspirada na palavra grega que significa povo, mas que, cedo cedo, como não poderia deixar de ser, caiu em sinonímia com o nome do ser infernal que hoje "direciona" os destinos da agremiação direitista que, por isso mesmo, teria que dar no que deu.

Aponta, a seguir, na direção, Antonio Lavareda e Saulo Queiroz que, juntamente com Bornhausen, idealizaram a criação da sigla maldita, que tenta, sem sucesso, propagar o ADN da UDN.

Estão ainda, na mira de Caiado, os parlamentares demistas e outros filiados que estão a se bandear para a nova (velha) sigla de Kassab, inclusive a senadora Katia Abreu e o próprio Prefeito de São Paulo, assim como o vice-governador do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, o candidato a vice-presidente na Chapa de José Serra, Indio da Costa e, muitos outros, responsáveis pelo processo minguante que sofre o, talvez, ex-DEM e possível PRD: Partido da Resistência Democrática

 A UDN, cujos próceres eram conhecidos como "vivandeiras dos quarteis" que, por haver perdido as eleições, com o Brigadeiro Eduardo Gomes (1945) contra o General Eurico Gaspar Dutra e, com o mesmo candidato, em 1950, contra Getúlio Vargas, além de ter seu candidato, General Juarez Távora, derrotado por Juscelino Kubstechec (1955), apelava sempre para o golpe.


Inspiradora de todos golpes e tentativas golpistas, ao longo de sua história, o partido eitista foi afastado da disputa, em 1960, face a inviabilização do seu pré-candidato natural, o General Juracy Magalhães (BA), devido o crescimento avassalador da candidatura de Jânio Quadros (ao qual foi "obrigada" a apoiar, ainda que "engolindo sapos"), daí haver passado a funcionar, em grande parte, como quinta coluna, no governo do presidente vassoureiro, como se não bastasse a poderosa oposição do PSD-PTB, este que tivera um crescimento espantoso na últimas eleições, elegendo uma bancada, na Câmara Federal,  maior que a soma dos Deputados do PSDB e do DEMO juntas.

Fracassada a tentativa de impedir a posse de Jango Goulart, após a renúncia de Jânio, em 25 de agosto de 1961, mercê da ação de um movimento civil-militar organizado no Rio Grande do Sul pelo então governador Leonel Brizola, designado "Cadeia da Legalidade que objetivou assegurar a posse do vice-presidente João Gouilart, também conhecido como Jango na Presidência da  Reública Federativa do Brasil, o qual completará 50 anos e que provocará uma grande revoada de getulistas, janguistas e brizolistas, enfim de verdadeiros trabalhistas a Porto Alegre para comemorar o evento.

A partir de então, as "vivvandeiras dos quarteis" iniciam a conspiraração junto a uma minoria de oficiais de alta patente das Forças Armadas, ligadas ao EEUU e capitaneadas pelo embaixador Lincoln Gordon temendo não só as reformas nacionalistas e progressistas de Jango mas, também o fantasma da candidatura de Juscelino, em 1965, que já se apresentava como favorito, com uma popularidade semelhante a de Lula, nos dias presentes.

Estas são alguns dos antecedentes da golpe de 1964 que não foi dos militares, mas de uma minoria de militares udenistas, como tive a oportunidade de assegurar em conversa com o Governador Brizola.

É esta a herança maldita com a qual o DEM é obrigado a conviver, acrescida do legado macabro dos sucessores da UDN, a Arena e o PFL (os três partidos da ditadura),  propagadores do ADN udenista.


Não adiantará mudar de nome. Como DEM ou com qualquer outra sigla, sempre conservará a mesma essência - o ADN da UDN, cujo pejorativo, na época era: União Demolidora da Nacionalidade.


Se o PSDB não tem identidade, como afirma o ex-Presidente Lula, o DEM conserva nitidamente o ideário udenista, arenista, pefelista, gravado em suas entranhas e nas próprias impressões digitais e, no caso de uma fusão com o PSDB, hipótese negada por Caiado, a direita brasileira ficaria sem uma agremiação política capaz de a representar.

É pela casca que se conhece o páu.

(Edson Paim escreveu)  


Com referência ao significado da expressão "quinta coluna", acrescentamos o seguinte:


QUINTA COLUNA (WIKEPÉDIA)

Quinta coluna é um termo usado para se referir a grupos clandestinos que trabalham dentro de um país ou região, ajudando a invasão armada promovida por um outro país em caso de guerra internacional, ou facção rival no caso de uma guerra civil.

Por extensão, o termo é usado para designar todo aquele que auxilia a ação de forasteiros, mesmo quando não há previsão de invasão.

A origem da expressão remonta a Emílio Mola Vidal, general nacionalista espanhol que atuou na Guerra Civil Espanhola. Quando quatro de suas colunas marchavam rumo a Madri, ele se referiu aos militares madrilenhos que o apoiavam como "quinta coluna".

No final dos anos 30 do século XX, quando o líder fascista espanhol Francisco Franco preparava-se para marchar sobre Madri com quatro colunas, o general Quepo de Llano disse: "A quinta-coluna está esperando para saudar-nos dentro da cidade." Pela primeira vez, o mundo ouvia a palavra fatídica — "quinta-coluna".

O termo ganhou força no curso da Segunda Guerra Mundial, denominando aqueles que, de dentro dos Países que combatiam o Eixo, apoiavam a política de Guerra nazista e de seus aliados, tal como aconteceu com parte dos alemães que habitavam os Sudetos ou com os fascistas Brasileiros.

A ação de uma quinta coluna não se dá no plano puramente militar. Assim como os demais partícipes de uma guerra, os elementos quinta-colunistas agem por meio da sabotagem e da difusão de boatos.

Em outras palavras, pode-se dizer que a força da quinta coluna reside tanto na possibilidade de "atacar de dentro", como na capacidade de desmobilizar uma eventual reação à agressão que se intenta.

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