quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O malfadado retôrno de Paulo Skaf na defesa dos 5% sobre os quais incididirá a nova CPMF e, inimigo dos 95% da população beneficiária com a sua adoção

Estadão, Paulo Skaf, o DEM e o empresariado são contra a CPMF, não pelo imposto em si, mas por causa do seu poder fiscalizador.

Estadão, ventríloquo de Paulo Scaff e, lídimo representante dos empresários, dos banqueiros, além do DEM (disseminador do ADN da UDN e que acaba de se assumir como o partido da direita, no Brasil) e, de parlamentares cuja campanha foi financiada por empresas, não querem a volta da CPMF, não pelo mero aumento do imposto (irrisório), mas por causa de que facilita a  detecção dos sonegadores, além de dificultar o uso do Caixa 2.

Ao contrário de Paulo Skaf, o inimigo número 1 da CPMF (vide matéria abaixo), acredito que Dilma apoiará a volta dessa contribuição, acompanhando a maioria dos governadores progressistas e, em desacordo com os conservadores e retrógados (Edson Paim).

Leia a inusitada matéria:

Skaf: 'Não acredito que Dilma apoiará a CPMF'

08 de novembro de 2010 | 14h 38

DAIENE CARDOSO - Agencia Estado
SÃO PAULO - O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, negou que tenha enviado um alerta à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), sobre a recriação da CPMF. Durante Convenção da Indústria Paulista, nesta manhã em São Paulo, ao comentar sobre a possível volta da CPMF, Skaf ameaçou "transformar o sonho de alguns em pesadelo".
Skaf disse que ainda não viu nenhuma manifestação de Dilma favorável ao retorno do tributo e sim declarações de governadores e parlamentares favoráveis a essa contribuição. "Não acredito que ela apoiará a CPMF, nem a CSS, nem qualquer tipo de imposto. Isso seria uma contradição com o que ela pregou durante a campanha", afirmou.
Skaf ressaltou que não tem críticas à presidente eleita e que seu recado foi direcionado a todos aqueles que defendem o retorno do tributo. "Ela (Dilma) não merece ter críticas, merece agora é apoio para promover a reforma tributária e assim o faremos", disse. "No momento eu penso que ela não tem esses sonhos não", complementou.
O representante dos empresários paulistas disse que se a ideia de recriar a CPMF prosperar no Congresso, a Fiesp voltará a mobilizar a sociedade contra o projeto, como fez quando os parlamentares derrubaram o imposto. "Vamos reagir fortemente", avisou. No entanto, ele acredita que a discussão não deve ir adiante porque a sociedade se opõe ao retorno da CPMF. "Acho que não vai ser preciso ir longe com essa história porque é absurdo pensar (no tema) num momento em que acabaram de sair das urnas. Todo mundo sabe muito bem que a sociedade diz não a qualquer nova contribuição."
Para Skaf, como todos conhecem o peso da carga tributária brasileira, ninguém assumirá o ônus de apoiar uma medida impopular. "Nenhum político gosta de ter um pesadelo logo no início de seu mandato", considerou.
Embora seja filiado ao PSB, partido do qual governadores eleitos manifestaram apoio à CPMF, Skaf disse que sua atuação vai além do partido. Segundo ele, muitos deles já começaram a mudar de opinião, como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande. "O peso aí não é de um ou outro governador, o peso é da sociedade", avaliou.
Meirelles
Sobre a possibilidade de eventual saída de Henrique Meirelles do Banco Central no governo Dilma, Skaf não prevê sobressaltos. "A cultura do Banco Central não está na cabeça do Henrique Meirelles. O problema do BC do Brasil é que ele só se preocupa com a moeda", disse. "Ou se muda esse conceito do BC e ele passa a ter a responsabilidade de pensar de forma equilibrada com a moeda, com o desenvolvimento, com o emprego, ou tem de haver políticas para priorizar o desenvolvimento do País", completou.
Skaf lembrou que o País já conquistou a estabilidade econômica, mas que agora é preciso buscar o crescimento constante. "O País tem outros desafios. Não dá para ficar falando só em juros altos", afirmou.
Ele negou que o governo Lula entrará para a história por não ter feito as reformas necessárias ao País, principalmente porque o presidente é bem avaliado pela opinião pública. "Ele (Lula) acertou na maioria das coisas e errou em algumas, ou deixou de fazer outras."
O presidente da Fiesp destacou que as reformas são demandas que precisam de décadas para serem instituídas. "Ele vai ficar na memória como um bom presidente, não quer dizer que seja perfeito."

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