segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Em Niterói, jovem senhora busca enriquecimento sem causa, à custa do empobrecimento de um casal de idosos (81 anos), mediante a cegueira da "justiça"
Enquanto os idosos processavam a liberação do imóvel, junto a Caixa Econômica e o Unibanco, foram pressionados pela compradora para passar a escritura imediatamente, antes da emissão do documento de quitação pelo Sistema de Habitação, já que essa imediata providência a beneficiaria, uma vez que o pagamento seria feito no ato, pelo seu ex-marido, ou mais precisamente pelo pai dele, com a colocação do imóvel em seu nome, constituindo parte dos valores que receberia do mesmo, a fim de efetivar o desquite de ambos.
Os compradores aceitaram declaração da Caixa Econômica e do Unibanco de que a certidão de quitação seria expedida dentro de alguns dias, o que os vendedores também supunham que aconteceria.
Enquanto o casal de idoso comparecia, apenas em companhia de uma de suas filhas, a outra parte vinha acompanhada do pai do seu ex-marido, e dos advogados dos desquitantes.
Como os vendeores só realizaram, em toda a sua vida, negócios limpos e honestos, que sempre honraram, da mesma forma que sempre negociaram com pessoas de bem e, confiantes na promessa do Unibanco e da Caixa Econômica, de estar processando a certidão de quitação, conforme declaração declaração apresentada no ato da compra e, acreditndo na lisura dos compradores, os idosos concordaram em antecipar o negócio dada a insistência e a necessidade dos compradores,
Eis que o advogado do sogro e do marido da compradora, na ânsia de ultimar o desquite ou divórcio, propôs a inclusão, na escritura, de uma inusitada cláusula, insistindo que a mesma era só "pro forma", mas que viria se configurar como leonina, ou seja, o pagamento de uma multa diária de R$ 50,00 (cinqüenta reais) até a entrega do documento de quitação do imóvel, objeto da transação.
Em virtude da demora da entrega do documento de quitação do imóvel transacionado e, após uma desastrada decisão da Justiça de Niterói(se é que se aplica, no caso, tal nome), a compradora tenta desesperadamente, efetivar um enriquecimento sem causa, fundamentada em cláusula que verdeiramente desequilibra as responsabilidades entre as partescontratantes, o que torna sua pretensão imoral, buscando receber importância correspondente a três vezes o valor correspondente o valor pago pela transação, além de ter recebido, no ato, o apartamento e, posteriormente o documento de quitação, sem nenhum pagamento adiconal.
Esta é, sem dúvida, de uma cláusula leonina, que resultou na tentativa desesperada de expropriação do patrimônio de uma parte, em benefício de outra, usando de todos os meios, até ilícitos, como o bloqueio de salários dos vendedores, inclusive com reincidência, após a justiça (agora, sem aspas), ter anulado a primeira tentativa.
Trata-se, de uma cláusula abusiva, pois de não há o equilíbrio contratual, consagrado nos princípios gerais dos contratos, tendo gerado um montante equivalente a mais de três vezes o valor recebido à título da venda, isto é, os vendedores (idosos), além de entregarem o apartamento, de graça, para a jovem senhora morar, ainda assim, são instados a, além de devolver o valor recebido, deverão pagar mais duas vezes o valor do imóvel que ela pretende seja "doado" pelos idosos, para que a referida jovem senhora venha a ter uma vida farta, à custa daqueles que lutaram a vida toda para ter uma vida tranquila, em que a maldosa senhora, vem infernizando, transformando essas vidas em pesadelo há vários anos, ao pleitear aquilo que ela sabe se injusto, mas sua voracidade a impele a pleitear o recebimento de tal montante, o que, se se concretizar, caracterizará um caso típico de enriquecimento sem causa, por isto que as vítimas dessa sórdida empreitada, motivo porque as vítimas se insurgem e farão o possível e o impossível para que tal "assalto" não se consume.
O que pretende a jovem senhora?
Além de manter a posse do imóvel transacionado, pretende ela se lucupletar com a transferência do patrimônio dos idosos, no valor de mais de três vezes que o valor do negócio efetivado, com base em uma decisão judicial de natureza anti-social, injusta e imoral da própria justiça que validou uma cláusula abusiva, leonina, onde
não havia o equilíbrio contratual consagrado nos princípios gerais dos contratos.
O valor mensal da multa, R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) corresponde mais que o valor do aluguel que ela deseja receber, concomitantemente, com o desfrute do uso do referido imóvel, resultando em evidente enriquecimento para si e, empobrecimento para a outra parte, se vier a ser paga a importância pleiteada, quase R$ 200.000,00, a título de multa por atraso, embora o valor da venda fora, apenas, de 55.000,00 (cinqüenta e cinco mil reais), contra o que se insurgem os vendedores que acreditam, ainda, na justiça do país, esperando encontrar um remédio legal para neutralizar para a absurda sentença do magistrado que, certamente por não ter efetuado os cálculos, não teria atinado para o tamanho da injustiça que estava cometendo, em nome da próprio justiça, atendo-se apenas à letra da lei e do contrato, sem levar em conta seu espírito e, sem aquilatar os reflexos econômicos e sociais relevantes e, acredita-se, sem perceber o tamanho da injustiça que estava cometendo, ao condenar um casal que vendeu, apenas, um apartamento, a entregar o valor equivalente quatro apartamentos(a redundância é necessária).
Face às conseqüências aberrantes, torna-se evidente que tal situação caracteriza a existência de uma transação leonina, tanto que o Dicionário de Termos Jurídicos, assim define uma situação semelhante:
"Leonino - Diz-se do negócio em que uma das partes, a mais forte, tem participação nitidamente desproporcional à da outra parte, a mais fraca."
Eis como se exemplifica um contrato leonino:
Contrato leonino - Contrato que favorece abusivamente uma das partes, em prejuízo da outra. A denominação vem da célebre fábula de Esopo, na qual o leão exigia para si, na condição de rei dos animais, a melhor parte dos bens, ou melhor: exigia para si o todo do bem . Contrato; Cláusula leonina; Sociedade leonina.
A seguir, a fábula de Esopo, como foi publicada em um site, na Internet:
Um leão, uma vaca, uma cabra e uma ovelha muito mansa se juntaram para caçarem e repartirem em partes iguais o que caçassem. Com a ajuda de todos caçaram um belo veado. Logo repartiram a caça em quatro partes iguais. Quando cada qual quis tomar a sua parte, o Leão, de cenho franzido, assim falou: essa primeira parte é minha conforme combinado, a segunda parte também é minha porque sou o mais forte, a terceira parte é minha pois fui eu quem mais trabalhou. E tomado a quarta parte assim falou: se alguém quiser disputar essa quarta parte vai se ver comigo. E assim, o leão acabou ficando com a caça completa para si. Moral da história: quando se tem a honradez de uma vaca, a inocência de uma cabra, e a mansidão de uma ovelha, não se deve formar sociedade com os leões.
Postado por Roselee Salles às 09:34
Além de expressar um contrato leonino, corresponde a um caso de "enriquecimento sem causa - enriquecimento injusto, enriquecimento ilícito ou locupletamento indevido - sempre que houver uma vantagem de cunho econômico, sem justa causa, em detrimento de outrem". (O enriquecimento sem causa no novo Código Civil - Sílvio de Salvo Venosa - Extraído de: Justiça Federal do Estado de Mato Grosso do Sul - 03 de Novembro de 2008)
Os lesados, aos quais parece que só resta se "queixar ao bispo", apelam para a comunidade jurídica do país, no sentido de lhes indicar o melhor caminho para que possam reparar este absurdo err4o judicial, a fim de evitar o empobrecimento de vulto e, o correspondente enriquecimento de quem nada fez de digno para tal, justamente na ocasião que um dos cônjuges acha-se acometido de moléstia grave.
Ainda assim, sugere que a própria compradora use bom senso da no sentido de se abster do comportamento vergonhoso que é pleitear enriquecimento fácil, ilícito e imoral, deixando as vítimas em paz, cujo acaso da vida vem provocando a redução da qualidade de vida daqueles cujo patrimônio busca, por todos os meios, desapropriar.
Acresce-se que a compradora, não obstante residir no apartamento comprado ou te-lo destinado para outro uso, tendo recebido a quitação e registrado, em seu nome ou de outrem, segundo a sua vontade, vem infernizando, por mais de um lustro, a vida daqueles que esperavam merecer e alcançar uma velhice tranqüila.
Enquanto o casal de idosos vive, em apartamento alugado, em Niterói, a jovem senhora que desfruta o uso pleno do apartamento vendido, tenta, por todos os meios, extorquir-lhe o patrimônio, duramente adquirido, através de trabalho árduo e honesto.
Esta forma de exploração econômica, cometidas contra os idosos, encontra eco nos escritos de Walkiria Carvalho, Servidora Pública de PE, formada pela AESO - PE, Especialista Criminal pela UFPE, professora de Direito Processual Penal e de Segurança Pública da Pós-Graduação da Joaquim Nabuco, em texto enviado ao JurisWay em 3/5/2009, que assim se expressa:
"Dentre as várias formas de abuso cometido contra o idoso, encontram-se o abuso físico (provocando lesões, morte), o abuso psicológico (terrorismo psicológico, com intuito de humilhar, isolar, ameaçar, atemorizar o idoso), o abuso sexual (de onde partem os distúrbios sexuais de posse sexual do idoso), abandono (completa privação de atenção ao idoso, que é lançado à própria sorte), negligência (omissão específica de cuidados), abuso financeiro (exploração de suas reservas financeiras, seu crédito, seus cartões, suas contas bancárias, seu patrimônio, sua aposentadoria etc)."
Indaga-se: É a justiça é essa que acoberta o enriquecimento sem causa, às expensas do patrimônio de outrem ou foi o magistrado que exorbitou do seu papel jurídico e social, para decretar, exageradamente, o enriquecimento de um às expensas do empobrecimento de outros?
No segundo caso, caberia ação contra o estado em decorrência do abuso perpetrado pelos seus agentes?
Escrever, escrever, até constituir uma verdadeira novela, é o principal caminho encontrado pelos idosos, vitimas do ardil, armado pelo advogado da compradora, em posição mais vantajosa que os vendedores, supostamente, para assegurar o recebimento da quitação do imóvel pelo sistema financeiro, ao mesmo tempo em que iludiu a boa fé dos vendedores, pois seus objetivos não eram simplesmente obter o documento definitivo do imóvel transacionado, tanto que vem servindo para a tentativa de consumar a lesão do patrimônio destes, em benefício do enriquecimento de uma jovem senhora, expropriando uma vultuosa quantia, o que caracteriza uma cláusula de onerosidade excessiva, desequilíbrio entre as partes contratantes, contrato leonino, impresibilidade, enriquecimento sem causa, de tais conseqüências e, portanto passível de ser anulada.
Aguardem o segundo capítulo desta novela, em que se pretende esclarecer todas as circunstâncias desta ameaça e as estratégias de luta para impedir que o enriquecimento fácil, inescrupuloso, à custa do trabalho alheio, mediante a apropriação indébita do patrimônio de suas vítimas venha a se consumar.
Esta novela será ampliada, gradativamente, até se transformar em um livro, por enquanto, a única maneira viável de se insurgir contra a abominável injustiça.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Filhos do Brasil (Washingtom de Araujo - Carta Masior)
Qualquer semelhança entre a publicação da Folha de São Paulo, referida neste artigo e, a Carta Brandi não é mera coincidência.
Também, o "papelão" da Folha de São Paulo, ao publicar a nojenta matéria, não surprende ninguem, desde que não seja antolhado.
Quem não conhece a história da Carta Brandi ou, deseje refrescar a memória, procure ler as matérias anteriores, publicadas no Blog CARTA BRANDI (PAINEL DO PAIM).
Bem, vamos à matéria de autoria de Waxhinton Araujo, publicada na CARTA MAIOR:
Poucas vezes encontramos na grande imprensa do país um ataque tão direto ao caráter de um presidente da República e o que mais impressiona que poucas vezes tivemos refutações tão veementes quanto à fidedignidade do ataque. Um pouco mais de apuração jornalística faria cair por terra o excesso de paixão ideológica que como sarampo vive contaminando amplos setores de imprensa. Um celular e um pouco de vontade e mais umas pitadas de amor à verdade reduziriam aquela página A-8 inteira a rodapé de coluna social... ou policial. O artigo é de Washington Araújo.
Washington Araújo
Causou-me estranheza a Folha de São Paulo ter concedido uma página inteira para o artigo do cientista político Cesar Benjamin na última sexta-feira, 27/11/2009. O artigo, aparentemente sem sentido, relatava com minúcias de detalhes os dias em que o autor passara detido nas dependências do DOPS em São Paulo, em 1980 e que, à mesma ocasião estivera preso o atual presidente da República, Luiz Inácio. O título também queria transparecer que se tratava de um texto, digamos, ameno. A Folha titulou-o como “Os filhos do Brasil”. Em espaço de quatro colunas encimava um fotograma do filme “Lula, o filho do Brasil”, cena em que o ator Rui Fabiano fala a uma extensa platéia de sindicalistas, interpretando o personagem-título do filme. A narrativa é fluida, vamos lendo, lendo e em alguns momentos parecemos estar rememorando os dias de prisioneiro de Graciliano Ramos em sua excelente obra “Memórias do cárcere”. No primeiro caso não há estilo literário, apenas exercício mental do autor que é loquaz em alguns pontos e completamente amnésico em outros.
Benjamin tenta uma moldura de veracidade para sua condição de ex-preso político, sabe de cor nomes de ex-detentos e chega a afirmar que acompanhou a trajetória de vários destes. Mas o que deseja Cesar Benjamin com esse texto? Simples. Benjamin quer atacar a honra de Lula tendo como gancho o filme de Fabio Barreto que, segundo a linha editorial da FSP, é um filme feito para gerar o mito, um filme que varre do roteiro qualquer coisa que empane o brilho do caráter personagem-título. E o articulista já depois de dois terços do caudaloso texto – afinal, leva página inteira da Folha – vai ao ponto: relata ter ouvido do próprio Lula que este em crise de abstinência sexual tentou subjugar um jovem preso, mas que foi repelido por “socos e cotoveladas”. Seria este jovem militante de organização de esquerda, o Movimento pela Emancipação do Proletariado.
É óbvio que tal artigo se posicionava como contraponto ao filme dos Barretos, inspirado no livro da jornalista Denise Paraná. O lançamento, a estréia mundial em Brasília, na abertura do 42o. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, do qual fui jurado, teve superlotação do Teatro Nacional, manifestação pró-libertação de Cesare Battisti, preocupações exageradas com a segurança do local que abrigava cerca de 1.800 espectadores, 400 a mais que o permitido e que, segundo Luiz Carlos Barreto não contava com brigadistas dos bombeiros. A grande imprensa optou repercutir esses pontos e deixou de falar do filme e, quando queria falar do filme era pelo viés de se tratar de obra de propaganda fora de época. Como não surtiu efeito os queixumes da Folha e seus confrades midiáticos o jeito mesmo era buscar um texto que atentasse contra a integridade moral do personagem central do filme e, que obra do destino, ocupa o cargo de Presidente da República desde janeiro de 2003.
César Benjamin cita, em seu texto, uma testemunha, "um publicitário brasileiro que trabalhava conosco cujo nome também esqueci". O "publicitário" é o cineasta Silvio Tendler, que em 1994 trabalhou na campanha de Lula à presidência da República. Em entrevista ao jornalista Bob Fernandes, Tendler afirma: ”Ele diz não se lembrar de quem era o "publicitário", mas sabe muito bem que sou eu. Eu estava lá e vou contar essa história...” E, então, Silvio Tendler conta o que viu e o que recorda daquele almoço em meio à campanha presidencial de 1994:
- Era óbvio para todos que ouvimos a história, às gargalhadas, que aquilo era uma das muitas brincadeiras do Lula, nada mais que isso, uma brincadeira. Todos os dias o Lula sacaneava alguém, contava piadas, inventava histórias. A vítima naquele dia era um marqueteiro americano. O Lula inventou aquela história, uma brincadeira, para chocar o cara... só um débil mental, um cara rancoroso e ressentido como o Benjamin, guardaria dessa forma dramática e embalada em rancor, durante 15 anos, uma piada, uma evidente brincadeira...
Para quem não sabe Silvio Tendler já fez cerca de 40 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Além de vários prêmios é detentor das três maiores bilheterias de documentários na história do cinema brasileiro: "Anos JK" (800 mil espectadores). "Jango" (1 milhão de espectadores) e "O Mundo Mágico dos Trapalhões" (1 milhão e 800 mil espectadores).
E não ficamos por aqui. Vejamos as falas de outros participantes do almoço onde foi servido o cozido que abasteceu o longo artigo do Cesar Benjamin.
O publicitário Paulo de Tarso da Cunha Santos, citado por Benjamin, afirmou que "o almoço a que se refere o artigo de fato ocorreu", que "o publicitário americano mencionado se chamava Erick Ekwall", e que não houve "qualquer menção sobre os temas tratados no artigo". Ex-companheiros de cela de Lula no Dops, José Maria de Almeida (PSTU), José Cicote (PT) e Rubens Teodoro negaram a tentativa de estupro, tendo Almeida acrescentado que não havia ninguém do Movimento pela Emancipação do Proletariado na cela e Cicote se lembrado vagamente de que um sindicalista de São José dos Campos seria apelidado de "MEP". Já Armando Panichi Filho, um dos dois delegados do Dops escalados para vigiar Lula na prisão, disse nunca ter ouvido falar disso e não acreditar que tenha acontecido, mesmo porque, segundo ele, nem sequer havia "possibilidade de acontecer”. O então diretor do Dops Romeu Tuma (atual Senador) também desmentiu "qualquer agressão entre os presos".
O irmão de Lula, o conhecido como politizado da família Silva, o Frei Chico, lembrou que a cela do Dops era coletiva e que nunca Lula ficou sozinho, pois estava preso com os outros diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (Rubão, Zé Cicote, Manoel Anísio e Djalma Bom).
Como disse Tendler ao fim de sua entrevista ao Bob Fernandes, “...isso não tem, não deveria ter importância nenhuma. Só um débil mental, um cara rancoroso e ressentido como o Benjamin, guardaria dessa forma dramática e embalada em rancor, durante 15 anos, uma piada, uma evidente brincadeira...”
O Presidente do PSTU, José Maria de Almeida dividiu cela com Lula e declarou o seguinte: “O governo Lula é tragédia para a classe trabalhadora. Mas isso que está escrito não aconteceu. Benjamim viajou na maionese. Não lembro sequer de haver alguém do MEP conosco.”
Lula, de acordo com o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto de Carvalho, teria ficado triste e abatido, afirmando que isso era "uma loucura" e o próprio Gilberto de Carvalho qualificou a acusação de "coisa de psicopata" e recriminou a Folha por tê-la publicado, já o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, afirmou que o artigo é "um lixo, um nojo, de quem escreveu e de quem publicou". Coube ao ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, atribuir "essa coisa nojenta" aos ressentimentos e mágoas de Benjamin, que algum tempo depois deixaria o PT, mas não por causa desse episódio.
Para seguirmos o Manual da Folha... agora seria o exato momento para uma ampla entrevista – de preferência ocupando página inteira – com o cineasta Sílvio Tendler. Seria uma forma de reafirmar seu decantado compromisso com a verdade, seu apreço pelo “outro lado da notícia” e seu interesse de bem informar os leitores. Aliás, quem conhece Cesar Benjamin e quem conhece Sílvio Tendler sabe que a verdade é sempre modesta e que esta não requer amplos espaços para se tornar referência.
Poucas vezes encontramos na grande imprensa do país um ataque tão direto ao caráter de um presidente da República e o que mais impressiona que poucas vezes tivemos refutações tão veementes quanto à fidedignidade do ataque. Um pouco mais de apuração jornalística faria cair por terra o excesso de paixão ideológica que como sarampo vive contaminando amplos setores de imprensa. Afinal, a maior parte dos protagonistas do almoço citado por Benjamin está viva, e de facílima localização. Um celular e um pouco de vontade e mais umas pitadas de amor à verdade reduziriam aquela página A-8 inteira a rodapé de coluna social... ou policial.
Washington Araújo é jornalista e escritor. Mestre em Comunicação pela
UNB, tem livros sobre mídia, direitos humanos e ética publicados no Brasil,
Argentina, Espanha, México. Tem o blog http://www.cidadaodomundo.org
Email - wlaraujo9@gmail.com
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Cresce total de cidades no país com risco de casos de dengue
O número de cidades do país em estado de alerta e com risco de desenvolverem casos de dengue no ano que vem aumentou em relação a 2008, segundo levantamento do Ministério da Saúde.
Larvas do mosquito transmissor da dengue em quantidade "preocupante" foram encontradas em 112 municípios neste ano, ante 76 em 2008.
Para o ministério, dez cidades têm risco de surto, entre elas Barretos e Presidente Prudente (SP). (págs. 1 e C5)
COMENTÁRIO DO BLOG:
Por oportuno, republicamos, a seguir, a seguinte RESENHA:
"FM PAN - Aquidauana (MS): Irradia e publica, no seu site, a resenha do dia 17/01/2008, de Edson Paim
Resenha do dia com Edson Paim
Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2008 | 15:15Hs
Redação
* O Ministério da Saúde já confirmou mais quatro casos de febre amarela, dois deles com desfechos fatais, a do funcionário público e pastor Antônio Rates dos Santos, internado desde o dia 8 e o outro caso é de Luiziânia.
- O primeiro caso, o brasiliense havia passado o reveillon em Abadiânia, a 118 km de Brasília, e permaneceu oito dias internado em Taguatinga.
- O outro se refere a um agricultor de Goiás, José Geraldo da Silva que morreu na segunda-feira no Hospital Regional da Asa Norte, cujo irmão, Cícero, também está com a doença e recupera-se no Hospital Regional do Gama.
- Segundo um especialista, o Distrito Federal constitui uma área que oferece risco. - Até agora, já foram comprovados, no país, o total de 10 casos, no atual surto.
- Mais outros 12 registros suspeitos estão sendo investigados, um deles registrado ontem, e sete foram descartados, após análises.
- Até agora, em apenas dezesseis dias de janeiro, sete mortes já foram ocasionadas, por esta causa.
- Em todo o ano de 2007, foram registradas cinco mortes provocadas pela doença, entre seis casos.
- O número de óbitos já é superior aos de 2006 e 2007 somados.
- Também, o número de casos de febre amarela, registrados, nesses dezesseis dias, já é maior que todos os ocorridos em 2007.
- O total registrado só nos primeiros dias de 2008 é o maior desde 2003.
- Não ocorriam, desde então, nem tantos casos nem tantas mortes, motivadas pela febre amarela, no país.
- Naquele ano, foram computados 64 casos, com 23 mortes.
- O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ocupou rede de rádio e TV, no domingo passado, garantindo que não há risco de epidemia da doença, objetivando tranqüilizar a população.
- É verdade! Não existe, mesmo, uma epidemia, se considerarmos, em senso estrito, apenas a febre amarela urbana, aquela em que o próprio ser humano é o reservatório do vírus, propagando-se de homem a homem, através do vetor, o mosquito.
- Entretanto, estamos diante de evidente epizootia (termo equivalente a epidemia, mas incidente em animais, no caso a febre amarela), que se apresenta com caráter endêmico entre os primatas, no país, mas se transformou em epidêmico, atestando a insuficiência de medidas de saúde pública, destinadas ao controle desta zoonose.
- Outro fracasso da saúde pública decorre de deficientes medidas de controle de vetores:
- os mosquitos que transmitem a febre amarela e a dengue.
- Se estas duas providências fossem satisfatórias, a vacinação rotineira e limitada às pessoas submetidas ao risco de adoecer, contraindo a moléstia, teria sido suficiente para evitar a presente situação e não seria necessária esta vacinação que está se tornando massiva.
- Não seria ocioso repetir o aforisma sanitarista:
- É preferível prevenir a remediar!
- Nesta situação poderíamos, até, dizer: “remendar!”
- Portanto além de uma epizootia, estamos diante de uma epidemia de febre amarela silvestre, pois o número de casos humanos já registrados apresenta uma diferença, estatisticamente significante, em comparação com o esperado, fato que caracteriza um surto epidêmico, dessa moléstia endêmica.
- Se faz necessário acrescentar que o número de casos registrados, em janeiro deste ano, não deve ser comparado com as ocorrências de todo o ano de 2007, mas apenas, com a incidência em igual período daquele ano.
- Por tudo isso, a procura pela vacina continua intensa em todas as regiões do País. - Sete casos suspeitos já foram descartados.
- Todos os casos confirmados apontam Goiás como o local suspeito de contaminação.
- Um destes se refere a um paciente de São Caetano, que viajou para Goiás, contraiu a doença e, presentemente, está hospitalizado.
- Também foram confirmados dois casos de pacientes da cidade goiana de Luziânia.
- Um deles está em recuperação e o outro morreu.
- O Ministério da Saúde confirmou ainda que o empresário de Abadiânia, que foi internado e faleceu em Brasília, estava contaminado por febre amarela.
- Desde dezembro, já foram vacinadas 5 milhões de pessoas contra febre amarela - quase metade das imunizações realizadas em 2007. - No ano passado, foram aplicadas no País 11,5 milhões de doses contra a febre amarela.
- Nesta semana, o Ministério da Saúde recebeu encomendas para repor estoques do produto de vários pontos do Brasil.
- Hoje, deverão ser enviadas 200 mil doses de vacina para Goiás, 100 mil para cada um dos seguintes estados: Tocantins, São Paulo e Paraná e, 50 mil para Mato Grosso do Sul."
http://www.fmpan.com.br/
terça-feira, 24 de novembro de 2009
ENFOQUE SISTÊMICO OU SISTEMISMO (METODOLOGIA CIENTÍFICA)
O enfoque sistêmico ou Sistemismo é a percepção da realidade, ou de alguns de seus aspectos, através da perspectiva da Teoria Geral dos Sistemas (TGS), de Lwidg von Bertalanffy1.
O enfoque sistêmico é, também, designado como visão sistêmica, perspectiva sistêmica, abordagem sistêmica ou ainda, concepção sistêmica e constitui uma maneira peculiar, abrangente, globalísta, integrativa, sintética, holística, de abordar, perceber e estudar a realidade, bem como nela intervir.
Esta abordagem, alicerçada na TGS, enfatiza, ainda, as relações entre as partes do todo, ressalta os pontos de decisão e o fluxo de informações do sistema, a integração e interação entre os subsistemas e cuida de prover informações necessárias ao processo.
Este enfoque enfatiza a idéia de totalidade, globalização, abrangência, integralidade, universalidade, síntese e de inter-relacionamento das partes componentes do sistema em estudo.
A abordagem sistêmica (Sistemismo), por si só, já permitiria um enfoque abarcante e integrativo de qualquer sistema em estudo.
Mas, com o propósito de enfatizar, não apenas, as inter-relações intra-sistema (intersubsistemas), mas também as relações de trocas entre o sistema e seus arredores ou ambiente (ecossistema) e, as conseqüentes influências do ambiente no sistema e, vice-versa, os autores resolveram abordá-los, simultaneamente - o sistema e o ambiente - mediante os postulados da Teoria Geral dos Sistemas (Sistemismo).
Para Mário Chaves2, “como conseqüência do crescente volume de conhecimentos e da necessidade do uso de métodos e aparelhos cada vez mais complicados, para a indagação da natureza, o cientista se especializa, a ciência se divide e subdivide. Dos três grandes ramos: ciências físicas, biológicas e sociais surgiram várias ciências componentes: a física, a química, a geologia, a biologia, a psicologia, a sociologia etc. As ciências componentes se subdividiram.
As resultantes tornaram-se a subdividir. Ou agruparam-se umas com as outras: a físico-química, a bioquímica, a psicologia social, a economia política.
O especialista se especializa: o bioquímico de esteróides, o fisiologista renal, etc. Análise e síntese caminham sempre juntas. O progresso da análise cria a necessidade da síntese.
Assim também o avanço do especialismo na ciência gerou a necessidade de teorias holísticas, abrangendo todas as ciências, isto é, englobando todas as ciências. Uma das tais ciências é a “teoria geral dos sistemas”, proposta por Bertalanffy, como doutrina universal de integração (wholeness) e organização.
Buscou Bertalanffy, um biólogo, analisar o que as várias ciências têm em comum, a fim de encontrar princípios gerais aplicáveis a todas.
Observou ele que certas relações como as expressas pela curva exponencial, pela lei dos dividendos decrescentes, são universais, aplicáveis na explicação de fatos do mundo físico, do mundo biológico e do mundo social.
Com pequena anterioridade sobre Bertalanffy, um matemático, Wiener, havia também desenvolvido uma ciência de ciências, a Cibernética, destinada a explicar o problema de controle e comunicações na máquina, no homem e na sociedade”.
A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) surgiu como uma teoria de abrangência, de globalização, de totalidade, de síntese, de integração, de universalidade.
Roberto Mangabeira Unger3 ao se referir à unificação das ciências, e particularmente, à unidade das ciências culturais, expressa: “duas concepções foram pressupostas: uma, a da ciência cultural, outra, a da unidade de todas as ciências culturais. Se aqui se fala em ciências da cultura, é que só o conceito do cultural pode fundamentar a unidade das ciências humanas, revelando-lhes a natureza específica.
...Temos paralelamente, insistido na unidade das ciências culturais. Esta unidade se apresenta tanto como um ideal, quanto como realidade em surgimento. Como ideal, ela radica numa exigência geral da unificação progressiva da visão científica do mundo e, noutra específica que resulta da própria unidade do fenômeno cultural como fenômeno de valor. Mas a unidade cultural já é, …uma realidade em vir-a-ser.”
A TGS corresponde a um esforço no sentido da integração das ciências em um corpo de doutrina unitária, comum e coerente, almejando tornar-se uma ciência das ciências e, mesmo, a ciência das ciências, tendo sido considerada por alguns autores como tal, contribuindo no sentido da concretização do sonho de Descartes sobre a unicidade da ciência.
Um problema fundamental da ciência contemporânea é o da teoria geral da organização। Em principio, a teoria geral dos sistemas é capaz de dar definições exatas desses conceitos e, nos casos adequados, submetê-los à análise quantitativa 4".
A influência da Teoria Geral dos Sistemas - uma meta-teoria - e do enfoque sistêmico é, atualmente, muito generalizada.
A própria definição de Teoria, (segundo Th & Th)5 se harmoniza com a idéia de sistema, pois enfatiza as interrelações, como se vê:
“Teoria é o conjunto de princípios e definições inter-relacionadas que servem conceitualmente, para organizar, de um modo sistemático, aspectos relacionados do mundo empírico".
Tal definição enfatiza a idéias de conjunto, de relação, de sistematização, constituindo na realidade, uma definição sistêmica de teoria, ao tornar claro que o conceito de teoria corresponde, sobretudo, ao de um sistema teórico.
O grande poder de síntese da Teoria Geral dos Sistemas, torna-se evidente, ao permitir O relacionamento de tudo que existe no Universo em, apenas, quatro linhas de sistemas:
- um sistema físico que vai do átomo ao Universo físico;
- um sistema biológico - desde o vírus até ao homem;
- um sistema social - a partir da família até a sociedade planetária;
- um sistema tecnológico - iniciando com a flecha (ou outro instrumento ainda mais primitivo) para se chegar ao computador, como propõe Bertalanffy, mas nós podemos substituir este termo por complexas usinas computadorizadas ou mesmo, por engenhos espaciais.
A seguir, apresentaremos algumas definições de sistema:
Sistema é “um todo complexo e organizado; uma reunião de coisas ou partes formando um todo unitário e complexo6”.
“O todo é algo mais que o simples somatório das partes, pois envolve, necessariamente, todas as relações entre seus componentes7". Uma característica fundamental dos sistemas é a relação existente entre suas partes constituintes, possuindo aspectos que não são inerentes a cada um dos seus componentes, considerados isoladamente. O todo é, pois, constituído das partes integrantes do sistema, acrescidas das relações entre elas. O sistema se constitui de um todo complexo, organizado e inter-relacionado que é, também, algo mais que o mero somatório dos seus elementos constituintes, devendo englobar, sobretudo, as relações existentes entre todos os seus componentes.
Sistema es algo que se distingue del ambiente o de sus alrededores, que está fuera de equilibrio y que reconocemos como distinto del ambiente. Son ejemplos de sistemas, los átomos, los elementos, los compuestos orgánicos, los compuestos inorgánicos, las células, los organismos pluricelulares, la sociedad de los seres humanos, los planetas, el sistema solar, las galaxias y el universo.8”
“Um sistema é um conjunto de objetos junto com as relações entre os objetos e seus atributos.9”
“La naturaleza puede estudiarse por medio de nuestra elección arbitraria de cualquier porción de materia de universo; esto le llamamos un sistema... Un sistema cualquier más sus alrededores, es igual a la totalidad del universo.10”
Sistema é “qualquer agregado reconhecível e delimitado de elementos distintos que estejam de alguma forma interligados e interdependentes e que continuem a operar juntos de acordo com certas leis e de tal forma a produzir algum efeito total característico.
Um sistema, em outras palavras, é algo relacionado com algum tipo de atividade e dotado de uma certa integração ou unidade; um sistema particular pode ser reconhecido como distinto de outros sistemas com os quais, no entanto, pode estar dinamicamente relacionado. Os sistemas podem ser complexos, podem estar formados por subsistemas interdependentes, os quais, por sua vez, embora com menos autonomia do que o agregado total, podem ser diretamente distinguidos durante as operações11”.
A idéia de sistema dá uma conotação de plano, método, ordem, arranjo. O antônimo de sistema é caos. …O conceito de sistema involucra o de lei e o de efeito, de resultado. O conceito de sistema é, por conseguinte, um conceito dinâmico12. A noção de sistema envolve, além da idéia de totalidade, encerra a de processo, de movimento e mudança, aspectos que são compartilhados com a Cibernética e com a própria Dialética. A Cibernética, sobretudo, contém no seu bojo a idéia de movimento, de processo e de mudança e, por ser integrante da TGS, potencializa as características dinâmicas desta ciência, mormente face ao seu mecanismo de regulação e controle (“feedback”) que constitui seu apanágio e, ao emprestar ao Sistemismo tal atributo, amplia o seu campo de ação e sua fecundidade, reforçando suas características dialéticas, como veremos em capítulos seguintes. Os sistemas cibernéticos são sistemas abertos, dotados de dispositivos automáticos de regulação ou de retroalimentação (“feedback”), reajustando-se às circunstâncias através desse mecanismo. Um sistema aberto é aquele que tem interação com seu ecossistema. A interação entre o sistema e o respectivo ambiente é efetuada através de trocas. Este intercâmbio pode ser sintetizado como “trocas de matéria, energia e informações”. Excetuado o Universo, o qual consiste num sistema fechado, todos os sistemas, nele existentes, são abertos, uma vez que, através dos quais, ocorrem fluxos de matéria, energia e informações. “Embora a palavra sistema tenha sido definida de muitas maneiras, todos os definidores estão de acordo que um sistema é um conjunto de partes coordenadas para realizar um conjunto de finalidades. Um animal, por exemplo, é um sistema, maravilhosamente construído, com muitas partes diferentes que contribuem de várias maneiras para a sustentação de sua vida, para seu tipo reprodutivo e suas atividades. 13” Um sistema corresponde à idéia de conjunto de partes, de inter-relações e interdependência destas, além de encerrar um objetivo, propósito, finalidade. “Os sistemas são constituídos de conjuntos de componentes que atuam juntos na execução do objetivo global”. O enfoque sistêmico é simplesmente um modo de pensar a respeito dos sistemas totais e seus componentes. Todo ser vivo pode ser considerado como um sistema. A característica vida nos permite colocá-lo na linha dos sistemas biológicos. A vida está inserida num meio físico, num meio não vida, a natureza. Um organismo vivo, como sistema biológico, está inscrito num sistema maior, o ecossistema. O ser vive em função do ecossistema e, enquanto as condições deste permitirem a sobrevivência do ser. Ultrapassadas as condições, o ser morre e sua substância passa a integrar a natureza do ecossistema. O fenômeno vida de um ser é, pois um episódio temporário no ecossistema. …Nos sistemas mais complexos, a diferenciação filogenética, operando em uma dimensão de milhões de anos, produziu sistemas orgânicos de extrema complexidade, com uma grande divisão de trabalho entre subsistemas, tal como o que se pode observar nas espécies animais atuais.l4” Todo sistema é formado por um conjunto de subsistemas, o qual, por sua vez, é constituído por um agregado de subsubsistemas. Um sistema, da mesma natureza e de maior amplitude, no qual o sistema em estudo está contido é o seu metassistema. “Um sistema (todo) é composto de elementos (partes). Ao conceber um sistema, entretanto, é necessário incluir mais atributos: o conjunto de relações que ligam entre si os elementos do sistema, e o conjunto de atividades desses elementos. Isto porque é importante que se tenha em mente que um sistema implica, a existência de um processo operacional global, e não meramente uma coleção de partes ou elementos justapostos de uma maneira qualquer. Portanto, a consideração de um sistema implica, sempre (e simultaneamente), a consideração de três conjuntos: o conjunto de elementos que compõem o sistema, o conjunto de relações desses elementos entre si e o conjunto de suas atividades (efetivas ou potenciais) 15”. O Estruturalismo também enfatiza a idéia de sistema e de relações entre os elementos integrantes de uma estrutura, havendo, portanto, um parentesco próximo entre o Sistemismo e o Estruturalismo. A avaliação dos resultados possibilita o controle ou reajuste do sistema, bem como do seu processo, através do mecanismo de retroação (“feedback”), atributo fundamental da Cibernética, compartilhado pela Teoria Geral dos Sistemas, uma vez que a Cibernética é considerada integrante desta teoria.“Constantemente é a teoria dos sistemas identificada com a cibernética e a teoria do controle, o que é incorreto. A cibernética, enquanto teoria dos mecanismos de controle na tecnologia e na natureza, fundamentada nos conceitos de informação e retroação, é simplesmente uma parte da teoria geral dos sistemas. Os sistemas cibernéticos representam um caso particular, embora importante, dos sistemas que apresentam auto regulação16”.
"A retroação é a volta do efeito (saída) sobre a causa (entrada). Se os resultados não são condizentes com os esperados, isto é, se não satisfazem os propósitos do sistema, os mecanismos de retroação (“feedback”) acionam determinados controles (humanos ou físicos), para reajustamento do sistema.12” Todo processo de avaliação deve de ser contínuo, e os critérios nos quais se fundamenta, fixados nos propósitos, para possibilitar a aferição da efetividade ou eficácia com que os resultados alcançados satisfazem aos propósitos do sistema. A retroação negativa (“feedback”), de um modo geral, permite conservar certas variáveis, dentro de determinados limites, constituindo o principal dispositivo a serviço da homeostasia. Representa uma retroação reguladora e conservadora da estrutura existente. Qualquer grandeza pode ser submetida ao controle se três condições forem satisfeitas. Primeiramente, necessitamos de um órgão regulador, capaz de processar as mudanças necessárias. A seguir, a grandeza a ser controlada, precisa ser mensurável, ou pelo menos comparável a um padrão, ou seja, necessita haver um dispositivo medidor. Finalmente, a regulação e a medição precisam ser suficientemente rápidas. A regulação pelo "feedback" pressupõe que o sistema tenha uma meta que será determinada pela configuração de suas variáveis internas em relação às variáveis externas. A grandeza a ser regulada pode ser desde a entrada de vapor numa caldeira até o grau de anestesia de um paciente numa operação cirúrgica. 18 Processo é a dinâmica, o funcionamento do sistema considerado, ou ainda, o conjunto de procedimentos cuja finalidade é a consecução dos propósitos ou metas de um sistema ou de cada um dos seus subsistemas constituintes. Corresponde, assim, à “fisiologia” do Sistema. Os aspectos centrais de um sistema são: Propósitos (ou goals), conteúdos e processos. Um sistema pode ser identificado a partir dos seus propósitos, ou seja, do que se pretenda realizar. Exemplificando com o caso do sistema de saúde e/ou seu subsistema de enfermagem, poderíamos afirmar que os propósitos de um sistema de saúde e/ou de enfermagem é representado pela busca de maior eficiência e eficácia na assistência integral ao paciente, à família e à comunidade.
A análise dos Propósitos é capaz de nos permitir derivar Conteúdos (componentes) essenciais que, integrados por meio de Processos, possam contribuir para a obtenção dos Propósitos.
Conteúdos de um sistema de saúde e/ou enfermagem e dos demais sistemas, seriam entre outros, recursos, teorias e procedimentos, passíveis de contribuírem, em diferentes níveis, para os Propósitos do Sistema. Um sistema de saúde ou de enfermagem reporta-se às interações e combinações entre os vários Conteúdos utilizados para atingir os seus Propósitos. Por sua vez, um sistema é constituído de subdivisões ou subsistemas, com Propósitos, conteúdos e processos próprios ou comuns ao sistema, e cujos resultados são essenciais para o propósito do sistema como um todo. Analogamente, a definição de supra-sistema (metassistema) refere-se ao contexto que englobe propósitos comuns e interdependentes de vários sistemas.
Entradas (inputs) são os elementos que entram na composição de um sistema. Conteúdos (componentes) são apenas um tipo de input. Saída (output) são os resultados. A avaliação dos resultados possibilita o controle ou reajuste do sistema, através do mecanismo cibernético de retroação (“feedback”). Um problema fundamental da ciência contemporânea é o da organização. Em princípio a teoria geral dos sistemas é capaz de dar definições exatas desse todo complexo e, nos casos adequados, submete-los à análise quantitativa. 19. Há modelos, princípios e leis aplicáveis a sistemas generalizados ou suas subclasses, qualquer que seja seu tipo particular, a natureza dos seus elementos constituintes e as relações ou forças que neles interagem.“... podemos esboçar cinco considerações básicas que o cientista julga deverem ser conservadas no espírito quando se pensa sobre o significado de um sistema”:
1) Os objetivos totais do sistema e, mais especificamente, as medidas de rendimento do sistema inteiro;
2) O ambiente do sistema: as coações fixas;
3) Os recursos do sistema;
4) Os componentes do sistema, suas atividades, finalidades e medidas de rendimento;
5) A administração do sistema. 20”
“As vantagens e características do enfoque sistêmico são”: a) Permite a análise de sistemas complexos, empregando o método científico para integrar os diversos fatores envolvidos nas decisões ou soluções. a) Postula que um sistema só pode ser estudado e entendido em suas relações. b) Enfatiza relações entre componentes dentro e fora do sistema. c) Integra subsistemas por meio de conexões funcionais, tendo em vista os objetivos finais do sistema. Analisa-os em termos de inputs e outputs, e quantifica-os sempre que possível. d) Geralmente, utiliza os seguintes passos, em seu desenvolvimento: Determinação de necessidades ou “goals” para o sistema. Determinação de prioridades, dentre os componentes, em função dos “goals”. Formulação de um modelo para relacionar elementos em função de “goals” (geralmente são modelos quantitativos). Avaliação dos elementos e seleção das combinações mais plausíveis.Implementação do modelo proposto.
Administração, controle e revisão da operação do sistema. Pesquisa, desenvolvimento e inovação contínua do sistema, em face das necessidades internas ou novos “goals” ou pressões externas21”.
O objetivo da teoria geral dos sistemas é a formulação de princípios válidos para os “sistemas” em geral, independente da natureza dos elementos componentes e das relações ou “forças” existentes entre eles. É, conseqüentemente uma ciência geral da “totalidade”.
“Os principais propósitos da teoria geral dos sistemas são”:
l. Há uma tendência geral no sentido da integração das várias ciências, naturais e sociais.
2. Esta integração parece centralizar-se numa teoria geral dos sistemas.
3. Esta teoria pode ser um importante meio para alcançar uma teoria exata nos campos não físicos da ciência.
4. Desenvolvendo princípios unificadores que atravessam “verticalmente” o universo das ciências individuais, esta teoria aproxima-nos da meta da unidade da ciência.
5. Isto pode conduzir à integração muito necessária na educação científica. 22
Uma das características do Sistemismo, além enfatizar as relações entre as partes do todo, é a idéia de totalidade, estabelecendo um ponto de contato com o Gestaltismo (Teoria da Forma).
O Sistemismo guarda estreita relação de parentesco, com o Estruturalismo, de vez que, em alguns aspectos, seus conceitos e idéias interpenetram e, este modo de pensar e método de análise é empregado nas ciências desde há muito tempo, da mesma forma que o Sistemismo, também analisa sistemas e examina a estrutura, as relações e as funções dos elementos constituinte desses sistemas, mormente nas áreas de humanidades.
Todo sistema possui uma estrutura ou constituição, uma "anatomia" (dimensão estática) e um funcionamento (aspecto dinâmico), constituindo este, o seu respectivo processo, ou seja, a sua "fisiologia".
Os aspectos estruturais, morfológicos, “anatômicos” e a ênfase nas relações entre as partes constituintes do todo, contidos no Estruturalismo, sanciona a sua estreita relação de parentesco com o Sistemismo, entretanto, aquele se apresentaria com aspectos estáticos e reducionistas, em comparação com a Metodologia Sistêmica, que além de possuir os mesmos atributos, é acrescida da noção de totalidade, de abrangência, de síntese e, mercê de englobar, no seu bojo, a Cibernética e a Teoria de Informações, as quais lhe transfere suas características dinâmicas (de movimento, de processo), capazes de lhe emprestar uma maior fecundidade, tornando-a mais apta que o Estruturalismo para tratar do dinamismo, do funcionamento, da “fisiologia”, dos sistemas.
Estes três tipos comunicação poderiam ser sintetizados e traduzido, em linguagem do Sistemismo, como um processo de trocas ou intercâmbio de matéria, energia e informações entre sistemas.
Em muitos aspectos, o Gestaltismo, o Estruturalismo e o Sistemismo se aproximam, mas este se apresenta com maior amplitude, maior alcance.
Por sua vez, o caráter de movimento, de dinâmica, de funcionamento, de “fisiologia” dos sistemas, enfim, de processo, aproxima o Sistemismo do Funcionalismo.
O Funcionalismo, cujo parentesco com o Sistemismo também é notório, sobretudo por se referir às funções ou operações dos organismos vivos, correspondendo perfeitamente às características dinâmicas e funcionais dos sistemas, isto é, a sua “fisiologia”, sendo considerado por alguns autores como duas metodologias associadas e complementares e, designadas, em seu conjunto, como Sistemismo/Funcionalismo, porém, não é impróprio afirmar que o primeiro contém o segundo.
A Teoria Geral dos Sistemas (Sistemismo), pode ser considerada como a própria teoria da globalização, mas o Sistemismo Ecológico Cibernético, torna-se, ainda mais fecundo para visualizar e interpretar a globalização e o processo globalizante.
A idéia de dinamismo, de movimento, de processo, que o Sistemismo encerra, ainda quando considerado isoladamente, é reforçada pelo concurso da Cibernética (já que esta é considerada abarcada pela da Teoria Geral dos Sistemas), enquanto a Cibernética, por sua vez, engloba a Teoria de Informações, o que amplia, mais ainda, a TGS.
A Cibernética e a Teoria de Informações se completam mutuamente, ao tratarem de fluxos de informações e mecanismos de regulação e controle, constituindo, cada uma delas, aspecto complementar e relevante do Sistemismo. Além dos conceitos de totalidade, integração, globalidade, síntese, abrangência, universalidade e de relações entre as partes do todo, que constituem apanágio da Teoria Geral dos Sistemas, mercê do parentesco com as disciplinas referidas, os conteúdos destas, não só confirmam os atributos referidos, como reforçam as idéias de estrutura, de dinamismo, de movimento, de funcionamento, de “fisiologia”, de transformação, de processo, de comunicação, de comando, de regulação, de controle, com referência à universalidade dos sistemas, sancionando a Teoria Geral dos Sistemas e a metodologia dela derivada, o Sistemismo, como a mais abrangente e holística dentre todas as existentes.
O Sistemismo constitui uma metodologia de grande potencialidade preditiva, de vez que, com a antecedência de quase meio século, ao surgir, já expressava a tendência à globalização, cujo advento e ubiqüidade representa o melhor testemunho e confirmação do potencial de previsibilidade da Teoria Geral dos Sistemas.
A globalização crescente é conseqüência lógica do desenvolvimento dos meios de transporte, de comunicação e, da informática, tendo resultado da transmissão instantânea das informações à nível planetário, com reflexos em todos os setores da sociedade, cujo processo avança a cada dia.
A globalização veio para ficar, para permanecer, por isso, teremos de assimilá-la, quer dela gostemos ou não.
O Sistemismo, estabelecido há pouco mais de meio século, previu o surgimento desta nova realidade e pretendeu representar, pelo menos, uma etapa decisiva na construção e evolução de um referencial consentâneo com as necessidades de nosso tempo.
Na era da globalização, torna-se, cada dia, mais necessário o conhecimento e a utilização do Sistemismo, a fim de melhor entender esse processo globalizante e, conseqüentemente, lutar contra seus efeitos danosos, aproveitando-se, ao mesmo tempo, suas potencialidades benéficas. A Teoria Geral dos Sistemas (Sistemismo), pode ser considerada como a própria teoria da globalização, sendo fecunda para visualizar e interpretar a globalização e o processo globalizante.
É de se ressaltar a impossibilidade de se considerar os elementos de uma determinada função como entidades autônomas e independentes das relações de que participam. A idéia de dinamismo, de movimento, de processo, de “fisiologia”, que o Sistemismo encerra, ainda quando considerado isoladamente, é reforçada pelo concurso da Cibernética (enquanto integrante da Teoria Geral dos Sistemas) e, por sua vez, pela Teoria de Informações (porque integrante da Cibernética).
A Cibernética e a Teoria de Informações se completam mutuamente, ao tratarem de fluxos de informações e de mecanismos de regulação e controle, constituindo, cada uma destas ciências, aspecto relevantes do Sistemismo.
Além dos conceitos de totalidade, integração, globalidade, síntese, abrangência, universalidade e de relações entre as partes do todo, que constituem apanágio da Teoria Geral dos Sistemas, mercê do parentesco com as disciplinas referidas, os conteúdos destas, não só confirmam os atributos supra referidos, como reforçam as idéias de estrutura, de dinamismo,de movimento, de funcionamento, de “fisiologia”, de transformação, de processo, de comunicação, de comando, de regulação, de controle, com referência à universalidade dos sistemas, sancionando a Teoria Geral dos Sistemas e a metodologia dela derivada, o Sistemismo, como uma das mais abrangentes e holísticaa, dentre todas as existentes.
O Sistemismo se constituía numa metodologia de grande potencialidade preditiva, de vez que, com a antecedência de quase meio século, ao surgir, já expressava a tendência à globalização, cujo advento e ubiqüidade representa o melhor testemunho e confirmação do potencial de previsibilidade da Teoria Geral dos Sistemas e, não seria exagero afirmar que ela nasceu, mesmo, em razão desta tendência, detectada pelo seu autor.
O Sistemismo que inclui, no seu bojo, a Cibernética e a Teoria de Informações, agora, corresponder a um referencial adequado para se abordar, além do próprio universo e do sistema planetário, os sistemas tecnológicos e sistemas sociais, econômicos, educacionais e outros cuja abrangência ou repercussão tem dimensão terráquea ou, mesmo aqueles que, tendo amplitude local ou regional, não deixa de ter, como seu ambiente o próprio planeta.
Com base no exposto, formulamos o Princípio abaixo descrito: 2 - Princípio do Universo Sistêmico A Teoria Geral dos Sistemas, através de seu conceito de organização sistêmica dos seres vivos (Sistema Biológico), dos seres brutos (Sistema Físico), das associações humanas (Sistema Social) e dos instrumentos (Sistema Tecnológico) postula a idéia da existência de um universo sistêmico, um dos alicerces fundamentais do Sistemismo Ecológico Cibernético.
Este princípio se baseia na abrangência da Teoria Geral dos Sistemas, capaz de abarcar, no seu bojo, o nosso sistema planetário ou o próprio universo inteiro e, cujo grande poder de síntese permite relacionar, como já nos referimos antes, tudo que nele existe em apenas, quatro linhas de sistema: - um sistema físico que vai do átomo ao universo físico; - um sistema biológico - compreendendo desde o vírus até ao próprio homem; - um sistema social - a partir da família até alcançar a sociedade planetária; - um sistema tecnológico - iniciando com a flecha (ou outro instrumento, ainda mais primitivo), para se chegar ao computador, ou mesmo, aos complexos engenhos espaciais.
REFERENCIAS BIBILOGRÁFICAS
1- BERTALANFFY, L. von - Teoria Geral dos Sistemas - Petrópolis - Ed. Vozes - l973.
2- CHAVES, M.M. - Saúde e Sistemas - RJ - Fundação Getúlio Vargas, l972 p.2.
3- JOHNSON, R.A,, Kast, F.E., ROSENWEIG, J.E. - The theory and management of sistems, International Student Edition - New York - Mc Graw-Hill, l963, - in Chaves, M.M. - op cit (2) p. 4.
4- UNGER, R.M. - O Estruturalismo e o Futuro das Ciências Culturais - in Estruturalismo - 2a. ed. Tempo Brasileiro - Revista de Cultura 15/16, p. 90/95.
5- TH & TH in BERTALANFFY - Ibid. op cit (1).
6- Ibid (4) p.3-4.
7- HALL, A. D. & FAGEN, R. E. apud OZBEKHAN, HAZAN. Perspectives of Planing. Erich Jantsch Ed. Organization for Economic Cooperation and Development. Paris, l969, p. 53 in Chaves, M.M. - op cit (2).
8- CÉSARMAN, E. - Hombre y entropía - Editorial Pax-México S/A .- Primera edición - México D.F.- Febrero de 1974, p, 275.
9- Ibid op cit (4).
10- Ibid op cit (8). p.274.
11- ALLPORT, F.H. apud OZBKHAN, HAZAN - in CHAVES, M.M - op cit (2), p. 4.
12- Ibid op cit (2), p. 4-5.
13- Ibid op cit (4).
14- Ibid op cit (4).
15- MACIEL, J. - Elementos de Teoria Geral dos Sistemas - Petrópolis - Ed. Vozes - 1974 - p. 21.
16- Ibid. (op cit (1), p. 35-36.
17- Ibid. op cit (6).
18- Ibidem.
19- Ibid. op cit. (l) p. 35-36.
20- CHURCHMAN, C. V. - Introdução à Teoria dos Sistemas. Trad. de Francisco M. Guimarães - Ed. Vozes Petrópolis, l972. p. 51.
21- OLIVEIRA, E.J.B.A & OLIVEIRA, E.M.R. - Tecnologia Instrumental - Ed. São Paulo - Livraria Pioneira, l974 p. 11.
22- Ibid op cit (l) p. 62.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Veja o que consta da "orelha" do Livro "SISTEMAS, AMBIENTE & MECANISMOS DE CONTROLE". de Edson Paim e Rosalda Paim
Capa do livro de Edson Paim e Rosalda Paim
Da "orelha do Livro de autoria de Edson Paim e Rosalda Paim, designado SISTEMAS, AMBIENTE & MECANISMOS DE CONTROLE, consta o seguinte:
"Este livro trata da abordagem de qualquer sistema, simultaneamente com a do respectivo ambiente, ambos acrescidos de mecanismos de controle ou “feedbacks”, necessários à obtenção dos seus estados de equilíbrio, cujo propósito é assegurar a consecução dos objetivos, fixados para o sistema em causa.
Sistemas, Ambiente & Mecanismos de Controle refere à descrição e a utilização de um paradigma de cunho abrangente, integrativo, sintético, enfim, holístico - o Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional - construído com alicerce em quatro pilares principais: Teoria Geral dos Sistemas (Sistemismo), Cibernética, Teoria da Informação e Ecologia, representando, portanto, uma metodologia de caráter multirreferencial.
O presente construto foi concebido e elaborado com inspiração no modelo de organização e funcionamento dos seres vivos e dos ecossistemas naturais - sistemas auto-organizadores, auto-reajustáveis e auto-reprodutores, - os quais são dotados de dispositivos cibernéticos ou de “feedback” negativo, construídos pela natureza.
Um aspecto deste paradigma é o fato de estar estribado na estrutura sistêmica do genoma e, na fisiologia cibernética do sistema nervoso, particularmente do cérebro humano, que abriga o produto mais sofisticado da evolução biológica - a consciência.
A metodologia proposta pode ser aplicada tanto à focalização de um sistema como a de seus metassistemas e subsistemas, incluindo a visualização do respectivo ambiente - também um sistema, - o sistema ambiental.
Este referencial corresponde ao Sistemismo ampliado e postula a possibilidade da abordagem de qualquer sistema, seja de natureza física, biológica, tecnologia ou social, mediante a mesma metodologia, ora apresentada.
Destarte, o quadro de referência proposto torna possível enfocar, através de um mesmo prisma, o ser humano, um automóvel, uma empresa, um município, um estado, um país e, até mesmo, o sistema social global, assim como o sistema físico em que todos eles estão contidos - o próprio Planeta Terra - e, por extensão, o Universo inteiro.
Esta perspectiva se alicerça no fato de que todos eles possuem, como denominador comum, os atributos universais dos sistemas, entre os quais se destacam:
1) - os sistemas são conjuntos de partes interligadas e inter-relacionadas, atuando conjuntamente, para a consecução de um determinado objetivo;
2) - os sistemas estão inseridos no ambiente;
3) - a totalidade dos sistemas abertos estabelece contínuas e permanentes relações com o seu ambiente imediato, efetuadas através de intercâmbios;
4) - os intercâmbios que ocorrem entre cada sistema e o seu ambiente podem ser sintetizados como trocas contínuas e permanentes de matéria, energia e informações, processadas entre um e outro, afetando-se mutuamente, isto é, sofrendo, em conseqüência, cada um deles, influências do outro.
Os sistemas, de um modo geral, sobretudo, os de natureza biológica, tecnológica ou social, necessitam possuir mecanismos de controle (“feedbacks”), com o propósito de regular o seu estado de equilíbrio e a harmonia do seu funcionamento ou operacionalização.
Os sistemas compartilham, portanto, características tais como as de totalidade, abrangência, integralidade, síntese e inter-relacionamento entre suas partes integrantes, efetuando contínuas trocas de “matéria, energia e informações” com o ambiente, além da necessidade de possuírem mecanismos de controle, cuja finalidade é a manutenção dos seus estados de equilíbrio e, o do ambiente que os envolve, além garantir a harmonia ente ambos.
O fato de corresponderem a sistemas sintetiza os atributos que são comuns a todos eles.
Um determinado sistema, acrescido dos seus arredores, constitui, por sua vez, outro sistema, de maior amplitude e, de natureza mista: o conjunto sistema/ambiente, que poderá ser designado, no contexto do estudo, como universo, - com u minúsculo - para não confundir com Universo, o sistema cósmico.
Nosso planeta e, o seu ambiente, o Universo, o qual integra, por corresponderem a sistemas, podem ser visualizados através deste mesmo prisma, considerando-se, entretanto, que o Sistema Universal representa o único sistema sem ambiente, pois não se pode conceber a existência de algo em seu entorno, desde que o consideremos infinito.
Os nove primeiros capítulos, que se busca manter inter-relacionados, interligados, entrelaçados, integrados, como uma malha, uma trama, uma rede, uma teia de idéias, fundamentos, conceitos e princípios que formam o alicerce do Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional - o Sistemismo ampliado - constantes dos capítulos X a XII.
Finalmente, o capítulo XIII, “Rumo a uma Sociedade Cibernética”, aborda a hipótese de uma nova utopia: um sistema social aberto, baseado no Estado de Direito Democrático, cuja essência é ser repleto de mecanismos regulatórios (“feedback” sociais), destinados a assegurar o equilíbrio do seu funcionamento, objetivando torná-lo harmônico, em toda a plenitude e, inserido num contexto ecológico perfeitamente adequado aos propósitos ou telos da sociedade.
Este modelo sócio-econômico-jurídico-cultural e ecológico seria capaz de garantir aos seus integrantes, entre outras, as condições de liberdade individual e coletiva e, de universalização do acesso às informações, cidadania, trabalho, moradia, alimentação, educação, saúde, segurança, saneamento básico, transporte e lazer, enfim, igual oportunidade para todos: justiça social, adequada distribuição de renda e, qualidade de vida, compatível com a dignidade da pessoa humana, em perfeita harmonia com o contexto ambiental."
domingo, 25 de outubro de 2009
Ex-Presidente Itamar Franco não é "carta fora do baralho" sucessório
Como na lenda do Fenix, pássaro mitológico do Egito, na antiguidade clássica, segundo relatos de Heródoto e Plutarco, resurgia das suas próprias cinzas, Itamar Franco que, como vice de Collor foi guindado à Presidência da República, agora, reaparece repentinamente, como vice-presidente do PPS e defensor da candidatura de Aécio Neves, Governador de Minas e neto de Tancredo Neves, para complicar, mais ainda, o jogo sucessório presidencial.
Três partidos que disputam, hoje, o espólio da UDN: o PPS (ex-Partido Comunista Brasileiro - PCB) e que forma com o DEM a ala direita da política brasileira, tendo ao seu lado, o PSDB (pseudo democracia social brasileira), do neo-liberal FHC, acrescidos do PMDB de alguns estados, os quais farão, nas próximas eleições, o contraponto ao bloco governista, constituído por um elenco de partidos, tendo à frente o PT e o PMDB "chapa branca", possuindo uma candidata oficial, a ministra Dilma Roussef e um candidato "estepe", Ciro Gomes, destinado a ser a "tábua de salvação", no caso de Dilma não decolar.
Neste cenário, surge uma "trinca" de atores: Itamar Franco, Aécio Neves e o ex-deputado federal Roberto Freire (PE) que foi reconduzido à Presidência do PPS, os quais representam três importantes três importantes "trunfos" que poderão ter atuação decisiva na definição do quadro sucessório, tanto mais que Itamar que apoia e aposta na candidatura de Aécio, mas é um possível candidato a Vice-Presidente, na chapa de José Serra, o que seria inviável no caso da candidatura de Aécio, por serem ambos do mesmo estado - Minas Gerais e, pelo mesmo motivo, Michel Temer ou Orestes Quércia não poderiam ser vice de Serra.
Se política é como nuvens, como já dizia Benedito Valadores, uma "raposa felpuda", da maior escola de política que o país ja teve, o PSD mineiro, a coisa se complica quando entra em cena o ex-prefeito de Juiz de Fora, ex-governador do estado montanhês e ex-Presidente da República, Itamar Franco, tradicional militante da UDN mineira e principal responsável pela candidatura de FHC, que ao introduzir e se beneficiar do casuismo do segundo mandato, frustrou a candidatura de Itamar, motivo pelo qual ele pode se transformar numa "pedra no sapato" de José Serra, o principal pupilo do criador do segundo mandato, a menos que venha a ser guindado como companheiro de chapa do governador de São Paulo.
Como o DEM não reivindica a vice na chapa da oposição, aumenta a chance do PPS, de Roberto Freire, "emplacar" Itamar Franco, nessa vaga, reditando a política "café com leite", formada pelos dois maiores colégios eleitorais da federação, vigente antes da revolução de 1930, complicando, assim, a vida de Lula e de sua pupila Dilma e, forçando o presidente e a banda governista do PMDB a lançar, como vice, o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, do PMDB mineiro, em detrimento da candidatura do paulista, Michel Temer, até agora, considerada como a mais provável.
Pior que isto, para a candidata situacionista, só mesmo se, diante da indecisão de Serra, prevalecer o lançamento de Aécio Neves, mais competitivo que o governador paulista e representando o "novo", sem o estigma de perdedor e sem os "ranços" de continuismo da era FHC, impedindo, destarte, uma disputa plebiscitária como é desejo do patrocinador da candidatura da Ministra Dilma.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Embuste: Skcaf, homem de direita, inimigo da CPMF e dos trabalhadores, filiado a um partido, supostamente, de esquerda (o PSB)
Os partidos, no Brasil, não têm, mesmo, conteúdo de nitidez ideológica.
Mas não se esperaria chegar a este ponto!
Skaf, reconhecidamene defensor do liberalismo econômico, cujo simbolo maior é a "mão invisível", uma verdadeira mão direita, que regula, apenas, o mercado, concomitantemente, desregulando a sociedade inteira, se conflitando com o papel do Estado Democrático de Direito, dos nossos dias, cuja "mão esquerda" deve se tornar, cada vez, mais visível, a fim de se contrapor aos ditames do modelo liberal que estrebuchou no decorrer da crise econômica sistêmica, mundial.
Este modelo iníquo só foi salvo graças a intervenção estatal, mais visível nos países que possuem um Estado econômicamente forte, como o Brasil e, por isto mesmo, custou mais a entrar na crise e, mais prontamente saiu dela.
Parabens aos militantes do PSB, oponentes ao duspodorado gesto do Sr. Paulo Scaf que com o acesso que tem ao dinheiro de todos o empresariado paulista, deseja comprar um mandato, para melhor defender seus financiadores, do qual se tornará um mero "laranja", poia, a peso de dinheiro, comprarão um mandato, para representar a FIESP no Parlamento e não o povo paulista.
Essa estratégia, ademais, desquilibrará, mais ainda, as eleições, a favor do poder econômico, em detrimento daqueles que, realmenente, possuem vínculo com o povo, os quais só terão oportunidade se, algun dia, for implantado o financiamento publico de campanha, que os atuais beneficiários do nosso iníquo modelo eleitoral se recusam a implantar, como o fizeram no último arremedo de reforma eleitoral, pois essa estratégia, certamente, os colocaria no mesmo nível de oportunidade daqueles que, verdadeiramente, poderiam representar o povo.
Veja o que escreve Josias de Souza;
"Militantes do PSB recorrem contra a filiação de Skaf
Zhang Dali Shaun Curry/AFP
Tom Jobim costumava dizer: o Brasil é um país de cabeça pra baixo. Aqui, as prostitutas gozam e os traficantes cheiram.
Desde a morte do maestro, a coisa só tem piorado. Agora, supostos capitalistas viram pseudosocialistas em pleno vôo.
Incomodados com o inusitado da fialiação de Paulo Skaf ao PSB, dois militantes da legenda decidiram estrilar.
Chamam-se Marionaldo Fernandes Maciel e Jadirson Tadeu Cohen Parantinga. Moram em Campinas (SP).
Acham que a conversão do presidente da Fiesp levou a inconerência Às fronteiras do paroxismo. Recorreram contra a filiação do “inimigo” dos trabalhadores.
Procurado, Skaf mandou dizer que o par de militantes expressa posição isolada. Coisa normal num país democrático como o Brasil.
O presidente do diretório Municipal do PSB de Campinas, Eliseu Gabriel, também considerou normal o protesto dos militantes.
Como se vê, o Brasil pós-Jobim continua sendo o último país feliz do mundo. Aqui, o normal é a anormalidade."
Escrito por Josias de Souza
domingo, 6 de setembro de 2009
EXAME utiliza a expressão mão visível do Estado, criada por Edson Paim no seu livro "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle"
EXAME
A nova economia americana
• Às vésperas do primeiro aniversário da eclosão da maior crise das últimas décadas, os Estados Unidos tentam se reerguer. E mostrar ao mundo por que são – e por que serão por um bom tempo – a mais poderosa economia do mundo
Especial EUA – Economia
O fim do sonho americano? – Após anos de euforia, o consumidor americano finalmente aperta o cinto – e muda a cara da economia mundial. (págs. 22 a 29)
Especial EUA – Capitalismo – Sem exagero, presidente – A ação do governo americano foi fundamental para evitar o colapso da economia. Mas, ao intervir de forma tão incisiva, a administração Obama pode criar as bases para a próxima crise. (págs. 34 a 39)
Brasil/Agronegócio - O futuro do campo depende deste senhor – Nomeado com o apoio dos colegas pesquisadores, Pedro Arraes assume a Embrapa com o desafio de gerar produtos que garantam a liderança o agronegócio brasileiro em meio à mudança climática. (págs. 86 a 88)
“A máquina da Receita foi desmontada” – Para o ex-secretário Everardo Maciel, a politização de um órgão que deveria ser 100% técnico ainda vai custar caro ao país. (págs. 90 a 92)
Vida Real – J. R. Guzzo – Cenas brasileiras – Três episódios recentes ajudam a compreender o curioso cenário político do país. (pág. 95)
400000 reais por hora – Esse é o ritmo de crescimento da dívida da Oi após a compra da Brasil Telecom, concluída em janeiro deste ano. Mas, ao contrário do que possa parecer, isso está longe de comprometer o futuro – ou o presente – da operadora. (págs. 104 e 105)
A mão visível do Estado – Ao expandir o crédito e tentar aumentar a competição no sistema financeiro, o Banco do Brasil e a Caixa reacendem o debate sobre o papel do governo na economia. (págs. 156 a 158)
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Pedro Nogueira e o "coronelismo rural" Aquidauanense
"Pedro Nogueira, grande conhecedor de todos recantos de Aquidauana e de toda as sua população, desde os mais importantes até os mais humildes, com os quais mantinha relacionamento e, era querido e respeitado.
Pedrinho, descrente em relação aos candidatos que ajudara eleger, para cuja eleição tinha sido peça chave, refugiava em suas atividades particulares, mas era sempre visitado, às vésperas das eleições, pelo "Coronel" da UDN-direitista-elitista-golpista e instado para que ele se afastasse de suas lides particulares, com sérios e irreparáveis prejuízos pessoais, a fim de se dedicar à campanha de candidatos "fantoches" que nada tinham a ver com os interesses do povo (pois eram meros serviçais de uma elite rural, que por decênios, desgovernou Aquidauana), mas como lobos, se revestiam da pele de cordeiros, além de posarem de arautos de uma pretensa moralidade, na qual escondiam os propósitos de priorizar a elite rural aquidauanense, em detrimento do restante da população.
Pedro Nogueira era independente e altivo, por isto, nunca fora convidado para ser candidato, apesar de ser um dos maiores detentores de votos, em Aquidauana, mas a cúpula partidária tinha certeza de ele não se comportaria como um "pau mandado" do coronelismo rural, que sempre usou os cargos públicos para atender seus interesses particulares, cujo desgoverno sempre foi utilizado para assegurar o atraso do município, capaz de garantir a persistência da sua hegemonia.
Diante da falta de perspectiva em Aquidauana, resultante do desinteresse do grupo hegemônico local (pois o progresso seria mortal para tais forças retrógradas), Pedro Nogueira se transferiu para Campo Grande, em 1970, quando Luiz Carlos já contava vinte e quatro anos de idade.
A mãe do Luiz Carlos, Helena Bergonzi Nogueira, é de tradicional família mirandense.
Gestante, se dirigiu à casa paternas, em Miranda, onde nasceu Luiz Carlos, sob às vistas e os carinhos dos avós maternos e, lá foi registrado.
O Dr. Luiz Carlos Nogueira (pois ele é advogado) foi gestado (a rima não foi proposital) em Aquidauana, nascido e registrado em Miranda e, criado em Aquidauana, fez curso superior em Campo Grande, onde desenvolveu suas atividades profissionais.
Não sei qual a afeição predominante do cidadão aquidauanense-mirandense-campograndense, mas de uma coisa tenho certeza, todas as três cidades irmãs cabem, inteirinhas, no seu coração".
O que está escrito acima, repito, corresponde a um comentário ao soneto "A Ferramenta da Paz, de autoria do Dr Luiz Carlos Nogueira, publicado no site da Rádio FM PAN, de Aquidauana.
Eis a publicação referida:
A Ferramenta da Paz - Luiz Carlos Nogueira
Mergulha no teu interior com maestria
e busca a pedra oculta na tua cruz!
Aquece tua caverna gelada e sombria
e faz jorrar a luz!
Espreita o raio do sol que de mansinho
Irisa a gota d’orvalho que tremeluz
no ramos onde canta o passarinho
a melodia da liberdade e do jus!
Vê que belo é o dia, quão boa é a claridade!
Sê feliz! Faz o bem, exercita a caridade!
Desperta! Busca a verdade, promove a alegria que apraz!
Olha no teu caminho! Impede os atos vis dos desalmados!
Não percas um só instante, ensina pois aos malvados,
Um pouco de amor, a ferramenta internacional da paz.
Este soneto tem uma história:
Certo dia (em 1986) recebi um convite para participar de um concurso de poesias (com a condição de serem inéditas) promovido pela Loja Conde de Saint Germain, da Sociedade Teosófica no Brasil (Rua Imperatriz Leopoldina 8 - 17º and. Centro CEP: 20060-030 Tel: (021) 254-0952), em comemoração ao Ano Internacional da Paz, em homenagem à iniciativa da Organização das Nações Unidas, por ter instituído essa campanha. A participação foi aberta para candidatos de todos os Estados brasileiros.
Pois bem, estávamos, eu, um colega de trabalho (Ulisses, já faz tanto tempo que não me lembro do seu sobrenome) e um moço que gosta de fazer poesias. Este último comentou com certo ar de importante, que: “a poesia não é para qualquer um”. Logo o meu colega incentivou-me a participar, aliás até porque é desenhista, ilustrou o meu trabalho.
Na verdade houve um desafio velado do “poeta”. Achava ele, que tinha tudo a ver com a inspiração, e só com ela, como se fosse um sopro dos deuses. Só os dotados dessa espécie de virtuose eram dados a fazer poesia.
Pronto, resolvi participar. Não sei porque, mas naquele momento (depois de terminado o soneto) tive a certeza que o meu trabalho seria classificado no primeiro lugar – e foi. Não foi por arrogância que pensei assim, e não tenho como explicar essa sensação muito forte que se assenhoreou de mim.
É bom que se diga que, nenhum deus ou demônio sussurrou nos meus ouvidos; tampouco recebi mensagens telepáticas dos anjos, guardiões ou como queiram classificar. Nada excepcional, foi só uma questão de um desenho mental consentâneo com o titulo motivador do concurso.
Penso que o ser humano, se considerarmos que existem milagres, foi agraciado por Deus com o maior de todos — a inteligência. Mas esta precisa ser exercitada, desenvolvida. É preciso que a nossa mente esteja sempre desperta.
Se não fossemos dotados dos órgãos dos sentidos, da consciência, da inteligência e da razão, é provável que nem sequer saberíamos que existíamos.
Portanto, todas as pessoas mentalmente sadias, se quiserem, podem fazer praticamente tudo o que se propuserem a atingir no campo das realizações humanas. Basta ter um sonho, mas também um projeto de vida, no qual trabalhe com determinação e vontade. Eu acredito firmemente nisso, porque tenho visto muitos exemplos. Por tudo isso não é sensato subestimarmos as pessoas.
(Do Blog LUIZ CARLOS NOGUEIRA ESCREVE)
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Para os inimigos da Petroabrás VALE TUDO, até mesmo, forjar uma nova CARTA BRANDI
(Para conhecer a "armação da Carta Brandi", leia parte final desta postagem)
Informações do Blog do Senador Alvaro Dias são contraditadas através de discurso do seu colega, Senador Mão Santa
O Senador Alvaro Dias colocou em xeque sua credibilidade ao se precipitar e colocar em seu blog, sem checar previamente, informações tendenciosas, maldosas e eleitoreiras, veiculados por blogueiro.
Estas informações, um arremedo de Carta Brandi, é características daqueles que não acreditam nas suas próprias teses e apelam para a divulgação de informações falsas, a fim de atingir seus adversários, na própria "moleira".
Mas, diz o adágio, "a mentira tem pernas curtas".
Coube ao seu colega, o Senador Mão Santa, desacreditar as informações do blog do Senador Alvaro Dias, embora
Eis o que publica o blog do Coronel:
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Sexta-feira, Junho 26, 2009
Dilma: R$ 8 mil por mês na Petrobras.
Conselheiros privilegiados da Petrobras
Escrito em 16 de junho de 2009 – 18:29 -A pedido do blogueiro Aldo, reproduzo:
Deu no jornal “Valor ” de 11 de maio de 2009.
Ata da Assembléia Geral Ordinária da Petrobras de 8 de abril de 2009:
Valor para reserva para pagamento de 9 Conselheiros, 8.266.600,00
Conselheiros: Ministro da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff; Ministro da Fazenda, Guido Mantega; Secretário de Comunicação Social, Franklin Martins; Gen Ex R1 Albuquerque, Ex Cmte do EB
Postagem sobre Política |
Respostas para “Conselheiros privilegiados da Petrobras”
Por João da Silva em 16 de junho de 2009 - 19:55 | Comente
Essa informação está mais completa no blog do Renaldo Azevedo. Ele esclarece que cada conselheiro recebe um jabaculezinho de R$ 76.542,59 mensais, ou R$ 918.511,11 por ano. Mais os salários e mordomias de seus cargos de ministros, me parece que eles não têm do que se queixar. E muito menos que aceitar qualquer CPI na Petrobras.Eis o que publicou o Blog do Senador Alvaro Dias que, como se vê está, na contramão das informações contidas no discurso pronunciado, no Senado da República, pelo Senador Mão Santa e pela postagem do Blog do Coronel, ambos transcritos acima.
Entretanto o Senador, sem olhar para as gastanças e abusos do Senado acrescenta que as reuniões do conselho ocorrem apenas a cada quatro meses, "para dar algumas opiniões, assinar uns papéis, bater um papo, tomar um cafezinho". - Eles ganham R$ 32 mil por uma reunião do conselho - ressaltou. Com pagamentos, segundo Mão Santa, a Petrobras gasta mais de R$ 918 mil por mês e quase R$ 8 milhões por ano.
Estas informações precisam ainda serem checadas.
Ainda que, excluídas as expressões maldosas do Senador, esta parte do seu discurso seja, também, verdadeira, ainda será pequena será "café pequeno" diante do que percebe o Senador, por dentro e por fora, sem necessidade de comparecer para tomar cafezinho. como atestam as sessões vazias do Senado e, isto tudo por conta da "viuva", o que equivale dizer, com o meu, o seu, o nosso dinheirinho.
Enquanto isto, dinheiro da Petrobras resulta de suas atividades operacionais e não dos cofres públicos, sob o olhar atento das empresas associadas dos investidores que embolsam os dividendos das ações da empresa mista, uma das mais negociadas na Bolsa de Valores, por isto o desempenho da empresa é avaliado diariamente.
O Senador Mão Santa foi injusto com os Conselheiros. Será que eles não precisam estudar o funcionamento da empresa e, validam balanços sem estudá-los.
Para tristeza nossa, o Senador parece que quer dizer que suas atividades no Senado se pautam e se coadunam com as suas afirmações impensadas.
Conselheiros privilegiados da Petrobras
Escrito em 16 de junho de 2009 – 18:29 -A pedido do blogueiro Aldo, reproduzo:
Deu no jornal “Valor ” de 11 de maio de 2009.
Ata da Assembléia Geral Ordinária da Petrobras de 8 de abril de 2009:
Valor para reserva para pagamento de 9 Conselheiros, 8.266.600,00
Conselheiros: Ministro da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff; Ministro da Fazenda, Guido Mantega; Secretário de Comunicação Social, Franklin Martins; Gen Ex R1 Albuquerque, Ex Cmte do EB
Postagem sobre Política |
O autor do Blog PARLAMENTO & PARLAMENTARES acrescenta que toda esta farsa teve origem em um e-mail irresponsável, desses que abundam na rede, cujos autores se escondem no anonimato e que visam efeitos escusos e que se aproveitam da boa fé dos incautos que os encaminham e disseminam.
Há alguns meses, o PAINEL DO PAIM recebeu um desses malfadados e-mails.
Fomos pesquisar: Dirigimo-nos diretamente a fonte citada, o jornal "VALOR".
Pois bem. Lá estava, simplesmente, publicada a ata da Petrobras, mas o referido jornal não emitiu juízo de valor.
Foi o inescrupuloso autor do e-mail que distorceu a informação, dividindo o montante anual atribuído a salários e jetons dos conselheiros e dividindo-o unicamente pelo número de conselheiros.
E, mesmo que fosse dividido pelo somatório de diretores e conselheiros haveria distorção, pois
os salários dos executivos da Petrobrás, segundo o discurso do Senador Mão Santa chega a 8o mil reais, provavelmente consentâneo com o valor de mercado, tanto que os representantes das
empresas que integram o capital da Petrobras não se insurgem contra isto.
Na ocasião, não contraditamos a farsa porque para fazê-lo teríamos que publicar o e-mail, o que seria "colocar azeitonas na empada" do falsário anônimo.
Mas agora, como os incautos disseminadores dessa inverdade têm nome e sobrenome, podemos desmenti-los.
Para corroborar nossas informações o leitor poderá, por si mesmo, compulsar a ata, publicada sem comentários pelo jornal VALOR, que nela não encontrou nada de anormal, como não viram os demais detentores de capital, na empresa de economia mista - a Petrobrás, com direito a voto, os quais compareceram o à Assembléia e assinaram a referida ata.
O nome das empresas e outras instituições que detém 49% do capital da Petrobràs, entre as quais a Bradesco Petros, compareceram a Assembléia e assinaram a ata e, para que não pairem dúvidas sobre o que e como consta da ata, disponibilizamos aos leitores tal ata para os nossos leitores, tal e qual como como foi publicada pelo jornal VALOR, podendo ser assinada através do seguinte site:
http://www2.petrobras.com.br/ri/port/InformacoesAcionistas/pdf/ATA_AGO_08abr09_port.pdf
SAIBA O QUE FOI A CARTA BRANDI:
O documento, cujo suposto autor era o deputado argentino Antônio Jesús Brandi, ficou conhecido como Carta Brandi e relatava os entendimentos secretos que Goulart teria mantido com Juan Domingo Perón, então presidente da Argentina, no sentido da implantação no Brasil de uma república sindicalista, bem como a existência de contrabando de armas argentinas para o país.
Face à gravidade destas denúncias, o general Lott, atendendo à solicitação de parlamentares petebistas, ordenou a abertura de um inquérito policial-militar (IPM), que foi chefiado pelo general Emílio Maurel Filho.
Os primeiros resultados da sindicância efetuada em Buenos Aires, embora admitissem a autenticidade da denúncia, não chegaram a pesar em termos eleitorais, por terem sido divulgados no dia exato do pleito.
Essa questão, porém, só seria devidamente esclarecida quando, ao final da sindicância, foi comprovado que a carta havia sido forjada.
http://www.polibiobraga.com.br/brandi.htm
CPIs: da carta Brandi aos cartões corporativos (Pedro do Coutto)
Com 54 anos de atividade profissional, já me acostumei a identificá-lo. Mas a questão não é apenas punir. O deputado Aliomar Baleeiro, que propôs várias CPIs no último governo Vargas, me disse certa vez que o objetivo maior dos inquéritos é o de conter os absurdos que provocam revolta e indignação, ao lado do propósito de iluminá-los no palco nacional.
Ele tinha razão. Os fatos comprovam, se recorrermos à memória e não nos deixarmos levar apenas pela frustração na linha de pensamento de Hegel, que divide o certo e o errado. Hegel, também jornalista, foi um extraordinário filósofo alemão que nasceu em Stuttgart em 1770 e morreu em Berlim em 1831. Deixou uma obra fantástica. Por isso, inclusive, falei em memória. Comecemos pela mais recente.
O primeiro pedido de CPI para os cartões corporativos causou a demissão da ministra Matilde Ribeiro e, segundo reportagem de Marcelo de Moraes, também no "Estado de S. Paulo" do dia 10, causou um recuo enorme em matéria de gastos com os tais cartões. Vejam só os leitores. Em março de 2007, as despesas somaram 2 milhões de reais. Em março de 2008, ficaram na escala de 786 mil. Redução de 64 por cento. A razão é simples.
Mas vamos viajar ao passado antes de retornar ao presente. Em 1952, uma CPI derrubou Coriolano de Góes da direção da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil, a Cexim, não havia ainda o Banco Central.
Dois anos depois, no documento mais dramático da política brasileira, a Carta Testamento, Getúlio Vargas afirmava textualmente: nas relações do que importávamos havia fraudes de até 100 mil dólares. Várias, portanto, daí o plural. Isso numa época em que a balança comercial oscilava em torno de apenas 1 bilhão de dólares. Hoje, é 140 vezes maior. Em 1953, a CPI da "Ultima Hora", criada para investigar o apoio do mesmo Banco do Brasil à criação do jornal de Samuel Wainer para apoiar o governo, terminaria levando à deposição e ao suicídio de Vargas. "Ultima Hora" foi o primeiro capítulo da tragédia de agosto.
Em 1955, dois funcionários uruguaios, radicados na Argentina, Cordero e Malfussi, forjaram a famosa Carta Brandi, endossada e divulgada pelo deputado Carlos Lacerda. Sob assinatura falsa de um imaginário Brandi, o texto revelava uma inexistente correspondência entre o presidente Juan Perón e João Goulart, então candidato a vice-presidente na chapa de Juscelino. Negócios de compra e venda de armas sobre as linhas indignas. Lacerda publicou a carta no dia 30 de setembro.
Por uma coincidência do destino, Perón estava sendo deposto pelas Forças Armadas argentinas no mesmo dia, 3 de outubro, em que Jango e JK venciam nas urnas. Uma CPI esclareceu a trágica farsa. Quando presidiu o Senado, José Sarney mandou incorporar o processo da CPI da Carta Brandi ao arquivo histórico do Congresso Nacional.
Em 1959, Carlos Lacerda pediu a uma CPI para investigar o acordo de Roboré, que levaria a Petrobrás a se associar a empresas multinacionais para explorar o petróleo da Bolívia. A reação contrária foi enorme. Juscelino demitiu Roberto Campos da presidência do BNDE, já que ele era um dos principais articuladores do tratado que se transformou numa espécie de Roque Santeiro, de Dias Gomes: o que foi sem nunca ter sido. Estes são alguns exemplos. Vamos acrescentar outros.
O de maior dimensão, o da CPI de 92, história recente, que levou ao impeachement do presidente Fernando Collor. Quando começou, ouvia-se dizer pelas ruas: não vai dar em nada. O resultado foi outro. A Comissão de Inquérito desencadeada pelas denúncias do deputado Roberto Jefferson foi minimizada em seu início. Levou à demissão do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e à cassação de seu mandato parlamentar e também do mandato de Jefferson. Foi uma bomba institucional.
Com habilidade, e o apoio decisivo de Dilma Rousseff, o presidente Lula superou o episódio. José Dirceu desabou. O governo de Luís Inácio da Silva, não. Pelo contrário. O presidente se reelegeu com 61 por cento dos votos nas urnas de 2006. A CPI das Ambulâncias iluminou um escândalo enorme e retirou das sombras as ações de falsos amigos e correligionários infiéis do Palácio do Planalto.
O senador Aloísio Mercadante, candidato do PT ao governo de São Paulo, foi duramente atingido. Estão aí diversos exemplos que, concretamente, negam confirmação ao ceticismo que a opinião pública, cansada de escândalos e enriquecimentos ilícitos, manifesta até como arma contra a desilusão. Mas são fatos, e, na política e na vida, não se pode brigar com eles. É perder tempo. Como está fazendo o ainda reitor da Universidade de Brasília, Timothy Mulholland.
Intimado a depor pelo Ministério Público, anteontem, com o campus universitário ocupado pelos alunos em revolta, ele já deveria ter atendido ao apelo do senador Cristóvão Buarque e se afastado de cena. Perdeu a condição de continuar. Errou e deve sair. O quanto antes. Antes que uma CPI o derrube.
- Comentário:
- Luiz C. disse...
Uai! (como diz o mineiro), quase sempre eu não entendo a turma do PSDB. Não foi o ex-presidente FHC (que muitos tratam de presidente veneno — BHC) que tentou mudar o nome da Petrobras para Petrobax? Que teria gasto nessa campanha de marketing R$ 2, 3 milhões no projeto gráfico e R$ 1,6 mi na publicidade? Por que será? Esse ex-presidente estaria com a idéia de vender a Petrobas também? E agora porque será que estão defendendo a Petrobras?
Luiz Carlos Nogueira
nogueirablog@gmail.com