quarta-feira, 11 de abril de 2012

A doação particular de campanha (eufemismo para camuflar investimentos de empresários em candidatos), prostitui os políticos e desacredita a política

De noticiários anteriores,  consta-se o óbvio: 


O mandato de um político geralmente não pertence a ele e nem ao povo, mas ao doador (ou doadores) de recursos para sua campanha eleitoral.


Um exemplo patente é o seguinte subtítulo de uma matéria:


"A carreira política do senador Demóstenes Torres era manipulada por Carlinhos Cachoeira para ampliar seus negócios e se aproximar do Planalto"

Diante disso, o mandato, supostamente do futuro ex-senador Demóstenes Torres, não pertence a ele e muito menos ao povo goiano.

O senador, um autêntico fantoche, no Senado era verdadeiramente representante do contraventor Carlinhos Cachoeira e dos demais empresários que investiram em sua campanha eleitoral, sob o título eufemístico de "doação", mas que pode ser traduzido por investimento.

Do noticiário de hoje (11-04-2012) destacamos o seguinte título do Correio do Brasil: 
O beneficiário ou seus prepostos alegam que desconheciam as ligações dos "entregadores das verbas" com os verdadeiros donos das propinas disfarçadas e. até agora, legalizadas pelos TREs, mas onde ficam impressas as "digitais dos doadores" que possibilita a verificação posterior a respeito de quem é o verdadeiro patrão do pretendo "detentor de mandato", a quem este deve prestar conta e manifestar subserviência e defender os interesses do doador, investidor, a fim de liquidar a "fatura", pois quem investe espera e cobra retorno.     
E o pior: 

A volta é quase sempre através do dinheiro público. É o povo, afinal, quem paga o "pato!.

Porque, então, não  arrancar essa máscara ou rasgar toda a fantasia de que o financiamento publico de campanha oneraria os cofres  do país, quando, na verdade, através de atalhos, é mesmo o dinheiro da "viúva" que é o alvo preferido, quase sempre desviado da saúde, da educação, da segurança, etc., etc, através de deslavada e impune corrupção que já adquire caráter sistêmico, que financia as campanhas políticas, exceto quando o candidato usa dinheiro do seu próprio bolso, como é o caso da maioria dos integrantes da bancada ruralista na Câmara dos Deputados (só um exemplo) que abriga cerca de 213 pseudo representantes do povo, pois verdadeiramente, representam a si mesmos ou no máximo, seus similares, porque seus mandatos são comprados com recursos próprios ou de outros empresários rurais, cujo objetivo primordial é a defesa de interesses corporativistas e não os dos trabalhadores do campo.

Conclui-se que são poucos os representantes do povo, no Congresso.. 

Diante dos fatos, quem são  os verdadeiros representantes da população brasileira?

Em nossa visão,  seriam aqueles que, antes da eleições não barganharam, não empenharam, não "venderam" seus mandatos, através do recebimento prévio de "doação" privada (a palavra é perfeitamente adequada) para sua campanha eleitoral.

O leitor tem notícias de que o Deputado Tiririca, o campeão de votos no país,  "vendeu" o mandato dele, antes das eleições, a troco de "doações" de campanha?

Certamente, existem mais alguém que o povo elegeu sem ser influenciado pelo poder econômico. Mas, acho que dá para contar nos dedos.   

Os títulos apresentados no início desta matéria é emblemático, por isto merece repetição:

"A carreira política do senador Demóstenes Torres era manipulada por Carlinhos Cachoeira para ampliar seus negócios e se aproximar do Planalto" e

,
Infelizmente, o Parlamento brasileiro, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais estão repletas de "demostenes", "perillos" e de outros representantes inautênticos. Isto já não é, apenas, trapalhadas do DEM, pois até parece "coisa do demo".

Também, não faltam outros "carlinhos cachoeiras", entre os financiadores (este é o termo mais adequado) de campanha política. 

E, sem dúvida, esta situação calamitosa vai perdurar enquanto não for instituído o funcionamento público de campanha eleitoral que é de difícil aprovação porque contraria os interesses dos "demóstenes", "perillos" e "carlinhos cachoeiras". 

Edson Nogueira Paim escreveu.

Esta matéria corresponde à atualização de postagem anterior.

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