Em rabiscos publicados sob o título "Foi dada a largada para 2018", referimos que Rui Falcão, presidente
do PT, ao defender o nome de Lula como candidato em 2018 e, a declaração do
ex-presidente de que se candidataria nesse pleito, teria precipitado o debate
do processo sucessório presidencial.
Na mesma ocasião, considerávamos como naturais as postulações de Aécio Neves e Marina Silva, mas que enxergávamos uma pedra no caminho de Marina, representada pela própria candidatura de Lula e, um rochedo no percurso de Aécio, constituído principalmente, mas não só, pela óbvia pretensão de Alkmin, um governador bem avaliado e verdadeiro titular da enorme votação que Aécio obteve no Estado de São Paulo.
Clique e Leia: http://edsonpaimescrevepaineldopaim.blogspot.com.br/2014/10/foi-dada-largada-para-2018-defesa-da.html .
Percebe se que o Senador montanhês “mordeu a isca” e partiu, precipitadamente, para a campanha eleitoral, embora envolvido, ainda, com o “terceiro turno, pois parece que, ofuscado pela obstinação presidencial, o ex-candidato acha que a campanha de 2014 ainda não terminou, como aconteceu com Hiroo Onoda, militar japonês que se escondeu nas selvas das Filipinas até 1974, pensando que a Segunda Guerra Mundial ainda não havia terminado.
Confira: http://ongsestrangeiraspaineldopaim.blogspot.com.br/2014/12/hiroo-onoda-o-soldado-japones-que-se.html
Ou, ao reverso, não consegue dormir, assombrado com o “fantasma” representado por Alckmin e de outros espantalhos menores que, a todo transe pretende exorcizar, por isto que incorpora o espírito de Carlos Lacerda, cognominado “Corvo do Lavradio” e arqui-adversário de seu avô, Tancredo Neves e, por esta via, arrasta o PSDB rumo ao despenhadeiro íngreme da ultra direita, papel até agora mal desempenhado pelo agonizante DEM, incapaz de preencher o vácuo deixado pela UDN golpista, sempre contestadora das sucessivas derrotas eleitorais sofridas.
No decorrer de uma sessão do Congresso que durou 18 horas e
na qual alguns parlamentares chegaram a dormir em suas poltronas e outros
dividiram pacotes de bolachas, o insone ex-governador mineiro, teria imposto aos
deputados e senadores essa extensa vigília, ao se apresentar com “faca nos
dentes” e “sede de sangue”, ao manifestar a certeza de que seriam, ao final,
derrotados, porém, sangrariam o adversário, através de obstruções.
A estratégia de fazer oposição, apenas por oposição, poderá até
dar certo, mas expõe ao risco de “queimar” definitivamente sua candidatura, já
exposta ao frio e ao sereno e, agora, também ao fogo, em razão do seu
lançamento precoce?
Além de outros percalços, a vereda escolhida pelo candidato
derrotado contradiz a afirmação de que “mineiro trabalha em silêncio!”
(Edson Nogueira Paim escreveu)